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O Ministério Público (MP) acusa o ex-prefeito de Londrina Barbosa Neto (PDT) de ser o líder de uma quadrilha que superfaturou em 50,25% o valor dos kits escolares comprados pela prefeitura do município, entre 2010 e 2011. O cálculo foi feito pela auditoria do MP e embasou a denúncia contra o ex-prefeito, o atual, José Joaquim Ribeiro (sem partido), que está licenciado para tratamento de saúde, e mais 17 pessoas. Segundo o MP, o contrato de R$ 7,5 milhões teria sido superfaturado em R$ 3,7 milhões.

Na denúncia, os promotores afirmam que os empresários pagaram R$ 540 mil em propina. Desse total, a ex-secretária de Educação, Karin Sabec, teria recebido R$ 10 mil, Ribeiro pegou R$ 150 mil e os R$ 380 mil restantes teriam sido divididos entre Barbosa Neto e outros agentes públicos que foram denunciados.

A ação foi encaminha pelo MP ao Tribunal de Justiça e tem como relator o desembargador José Maurício Pinto de Almeida, da 2.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. A ação foi proposta junto ao TJ porque Ribeiro, na condição de prefeito, tem direito a foro privilegiado.

Duas quadrilhas

Para o MP, duas quadrilhas atuaram simultaneamente no caso da compra dos kits escolares: uma formada por empresários e pessoas ligadas às empresas e a outra por agentes públicos, com Barbosa Neto à frente e envolvendo seis dos seus ex-secretários, além do então vice-prefeito. Além dos depoimentos, o MP sustenta a denúncia em documentos da contabilidade das empresas. Segundo o promotor Cláudio Esteves, "a lavagem do dinheiro" do esquema era feita por meio de transferências bancárias entre as contas das empresas envolvidas.

Outro lado

O advogado Paulo Nolasco, que defende Ribeiro, declarou ontem que não poderia se manifestar sobre o teor da denúncia porque ainda não teve acesso ao documento. Em entrevista a RPCTV ontem, Barbosa Neto voltou a se defender das denúncias e relacionou o caso à eleição municipal. "Às vésperas da eleição, os nossos adversários fazerem uma denúncia dessa é no mínimo estranho", disse Barbosa, que afirmou confiar que a Justiça vai declarar a sua inocência.

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