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O Ministério Público Federal entrou com uma ação de improbidade administrativa contra cinco diretores do Banco do Nordeste do Brasil, inclusive o presidente Roberto Smith, após concluir investigação sobre a origem do dinheiro transportado na cueca do ex-dirigente petista José Adalberto Vieira da Silva. Além do próprio José Adalberto, outras duas pessoas são denunciadas na ação: o ex-assessor especial da presidência do BNB, o advogado e ex-petista Kennedy Moura Ramos, e o deputado estadual do PT, José Nobre Guimarães.

A ação foi ajuizada quinta-feira na 10ª vara da justiça federal do Ceará e refere-se tanto à responsabilidade dos agentes públicos denunciados como também dos beneficiários dos atos considerados ilícitos. José Adalberto foi preso em flagrante no dia 8 de julho no aeroporto de São Paulo transportando cem mil dólares na cueca e R$209 mil numa mala. À época, ele era assessor parlamentar do deputado José Guimarães, irmão do ex-presidente do PT JOsé Genoino. O MP concluiu que esse dinheiro era uma propina pelo fechamento de um contrato entre o banco e o consórcio Sistema de Transmissão do Nordeste (STN) no valor de R$300 milhões.

Segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa do Ministério Público, José Adalberto e José Guimarães aparecem como beneficiários e "teriam se associado a Kennedy Moura na realização do ato ilícito". Já o presidente do banco, Roberto Smith, é apontado como omisso e conivente com todas as irregularidades atribuídas a Kennedy Moura. A nota afirma ainda que tanto Smith quanto Kennedy teriam sido colocados no banco por influência do petista José Guimarães.

Os outros diretores do banco denunciados por ato de improbidade administrativa são Cláudio Frota, superintendente de operações financeiras internacionais e corporativas; Germano Arruda, Luiz Etevaldo, e Victor da Ponte. Frota teria sido o responsável pela elaboração da operação estruturada que serviu de modelo para o fianciamento concedido a STN. Os demais diretores foram responsabilizados por terem participado da reunião de diretoria que aprovou o financiamento a despeito, segundo nota do MP, de irregularidades.

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