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O Ministério Público do Paraná, por determinação da Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ), abriu um procedimento para investigar se o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), tem algum envolvimento com o esquema gafanhoto na Assembleia Legislativa, que está sendo investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. Richa exerceu mandato de deputado estadual entre os anos de 1995 e 2000.

A suspeita do possível envolvimento do prefeito veio à tona na reta final da eleição municipal – quando Richa disputava à reeleição. A denúncia contra o prefeito foi feita pelo advogado Guilherme Gehlen, que acusou Richa de contratar funcionários fantasmas para o gabinete dele. O caso começou a ser investigado pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) – instituição subordinada à Secretaria Estadual de Segurança Pública – mas o prefeito conseguiu na Justiça um mandato de segurança que interrompeu o trabalho da polícia.

De acordo com informações da assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública, o Cope atendeu uma orientação do juiz Pedro Sanson Corat, da Vara de Inquéritos Policiais, e remeteu uma cópia dos depoimentos colhidos na fase de inquérito para o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre, que seria o órgão competente para investigar o prefeito. No entanto, o tribunal declinou da competência remetendo os documentos para o Tribunal de Justiça do Paraná. A representação criminal contra Richa será relatada pelo desembargador José Maurício Pinto de Almeida, da 2ª Câmara Criminal.

Caso as diligências do Ministério Público levantem indícios de participação de Richa no esquema gafanhoto, o prefeito pode ser alvo de uma ação criminal.

A assessoria do prefeito Beto Richa informou que a denúncia feita no momento da campanha eleitoral foi uma ação forjada, no qual as pessoas que se diziam ser funcionárias fantasmas do gabinete do prefeito foram induzidas a falar coisas que não são verdadeiras. Sobre o procedimento investigatório aberto contra Richa, a assessoria disse que a denúncia deve ser investigada como qualquer outra e que só assim a verdade virá à tona.

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