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A advogada Iracema Vasciaveo, o corregedor da secretaria de Administração Penitenciária, Antonio Ruiz Lopes e o delegado José Luiz Ramos Cavalcante serão ouvidos pelo Ministério Público nesta terça-feira em São Paulo. Os promotores querem saber mais detalhes da visita que os três fizeram a líderes de uma facção criminosa que atua no estado, em maio, no presídio de Presidente Bernardes, quando uma onda de atentados atingiu São Paulo.Os três, mais o comandante da PM em Presidente Prudente, coronel Aílton Araújo Brandão, reuniram-se por três horas com oito presos no presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes. Os detentos são líderes do crime organizado no estado e entre eles estava Marcos Camacho, o Marcola.

Embora trabalhe para detentos e suas famílias, a advogada Iracema não representava os oito presos visitados.

A presença dela em Presidente Bernardes, onde impera o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) foi irregular. Segundo o RDD, os presos só podem receber visitas seis dias depois dos presos chegarem ao regime, o que não era o caso de Marcola, quer tinha acabado de chegar ao presídio. Além de permitir a entrada irregular de Iracema, o governo cedeu um avião para a viagem.

- Minha única incumbência era ir até onde os presos estavam - disse a advogada.

Depois que Iracema saiu e repassou as informações que recebeu no presídio aos parentes de presos, a onda de atentados arrefeceu e as rebeliões acabaram simultaneamente. De acordo com a versão oficial, Iracema foi levada ao presídio para averiguar as condições dos presos.

Segundo Iracema, ela foi procurada para ir a Presidente Bernardes por pertencer a uma ONG que presta a assessoria a familiares de detentos. Os parentes disseram que havia boatos de que os detentos tinham sido espancados.

- As mulheres achavam que os maridos tinham sido desfigurados, mas todos disseram que estavam sendo bem-tratados - disse Iracema.

A advogada nega que trabalhe para quadrilhas, mas disse que seus clientes são detentos.

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