Procuradores do Ministério Público Federal (MPF) anunciaram no início da tarde de ontem a abertura de uma investigação para apurar se o ministro da Fazenda, Guido Mantega, cometeu improbidade administrativa em função de uma suposta omissão sobre as denúncias de corrupção na Casa da Moeda, estatal ligada à pasta que dirige. Mas, ainda na segunda-feira, Mantega recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) e conseguiu suspender a investigação.
O MPF suspeita que Mantega tivesse conhecimento muito anterior das denúncias de corrupção que leveram à demissão do então presidente da Casa da Moeda Luiz Felipe Denucci, em janeiro.
A liminar que bloqueou os trabalhos do MPF foi concedida pelo ministro Luiz Fux. Ele determinou ainda que a investigação fique a cargo do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, chefe máximo do MPF.
A legislação brasileira garante a autoridades como ministros o direito de investigação criminal no STF. Mas as matérias civis, como as investigações por improbidade, ficam normalmentena primeira instância que, no caso do MPF, são os procuradores.
O Supremo deverá analisar em breve pedidos para que o foro privilegiado previsto para os inquéritos e as ações criminais também seja estendido aos processos civis. Enquanto não for tomada a decisão, a situação de Mantega fica em suspenso, informou a Procuradoria.
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