O Ministério Público Federal em Brasília abriu inquérito para apurar se houve improbidade administrativa do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, ao usar o jato de uma construtora. O Código de Conduta da Alta Administração Federal proíbe essa atitude. "Nenhuma autoridade pode receber transporte [...] ou qualquer outro favor de fonte privada", prevê a norma.
A construtora Sanches Tripoloni faz obras públicas com recursos federais no Paraná, base eleitoral do ministro e de sua mulher, ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil). O inquérito que envolve Bernardo deve acabar sendo encaminhado à Procuradoria-Geral da República, instância máxima do Ministério Público.
Hoje, o ministro disse que não poderia comentar o inquérito, o qual declarou ainda desconhecer. Em 2011, quando o voo foi revelado pela revista "Época", Bernardo divulgou nota em que disse ter viajado em 2010, em finais de semana, feriado e férias, em aviões fretados pela campanha do PT. Ele disse não saber quem eram os dono dos aviões. A construtora afirmou que não comentaria o caso.
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