| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O Ministério Público Federal (MPF) do Paraná oferecerá nesta quinta-feira (14) denúncia contra os investigados da 11ª fase da Operação Lava Jato, conhecida como “A Origem” e deflagrada em 10 de abril pela Polícia Federal (PF). A investigação resultou na descoberta de um esquema de desvio de dinheiro da Petrobras envolvendo uma agência de publicidade que era responsável pelas contas da Caixa Econômica Federal e Ministério da Saúde.

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Na segunda-feira, a Polícia Federal havia indiciado 22 pessoas ao MPF, após concluir sete inquéritos que apuravam a responsabilidade criminal dos investigados desta etapa da Lava-Jato. Nesta tarde, o MPF deve revelar se todas essas pessoas serão denunciadas à Justiça e a quais crimes elas responderão. Uma coletiva de imprensa foi marcada pelos procuradores federais para as 14h30.

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Entre os indiciados estão os ex-deputados Luiz Argôlo (afastado do SDD-BA), Pedro Corrêa (PP-PE) e André Vargas (sem partido). Os três foram indiciados por corrupção, fraude a licitações, lavagem de dinheiro, organização criminosa e outros crimes. Atualmente, estão presos na carceragem da Polícia Federal no Paraná.

Também foi denunciado Ricardo Hoffmann, que dirigia o escritório de Brasília da agência de publicidade Borghi/Lowe, uma das maiores do país, na época em que o suposto esquema teria ocorrido. Segundo investigação da Polícia Federal, empresas ligadas a André Vargas recebiam repasses da Caixa e do Ministério da Saúde por meio da Borghi Lowe, que prestava serviço para os dois órgãos do governo federal entre 2010 e 2014.

Segundo a investigação, Vargas teria aproveitado o cargo de vice-presidente da Câmara dos Deputados para influenciar a contratação da Borghi pela Caixa e o Ministério da Saúde. Ainda de acordo com a PF, o gerente de marketing da Caixa, Clauir dos Santos, que cuidava da verba de publicidade da instituição, chegou ao cargo por indicação de Vargas.

A agência de publicidade, então, contratava outras empresas para prestar o serviço de publicidade. Através dessas produtoras, eram repassados valores a duas empresas ligadas Vargas e a seu irmão, Leon Vargas.