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De acordo com o MPF, Marice “funcionava como auxiliar de João Vaccari Neto para operacionalizar propina destinada ao Partido dos Trabalhadores”. | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
De acordo com o MPF, Marice “funcionava como auxiliar de João Vaccari Neto para operacionalizar propina destinada ao Partido dos Trabalhadores”.| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

O Ministério Público Federal (MPF) pediu mais uma vez nesta quarta-feira (22) a conversão da prisão da cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, Marice Corrêa de Lima, em preventiva. Esse é o segundo pedido de conversão da prisão de Marice feito essa semana pelo MPF. O primeiro foi feito na segunda-feira (20), mas foi negado pelo juiz federal Sérgio Moro, que apenas prorrogou a prisão temporária da cunhada de Vaccari por mais cinco dias.

No novo pedido, o MPF alega que as circunstâncias da viagem de Marice ao Panamá não foram “devidamente esclarecidas”. Além disso, os procuradores afirmam que “a explicação da origem dos recursos supostamente utilizados para compra do imóvel no Edifício Solaris é absolutamente fantasiosa”.

O advogado de Marice anexou na petição um documento em que a irmã de Marice, Giselda de Lima, afirma ser ela a pessoa que aparece nas filmagens do banco ItaúDivulgação

Segundo Marice, os recursos para compra do imóvel foram obtidos através de indenização de danos morais paga de forma espontânea pelo PT, sem condenação judicial.

Perícia

A Polícia Federal vai fazer uma perícia para analisar se a pessoa que aparece nos vídeos do banco Itaú realizando depósitos é Marice ou sua irmã, Giselda de Lima.

De acordo com o MPF, Marice “funcionava como auxiliar de João Vaccari Neto para operacionalizar propina destinada ao Partido dos Trabalhadores, como também para o recebimento pessoal de vantagens indevidas destinadas a João Vaccari Neto”.

Ainda de acordo com a investigação do MPF, na quebra de sigilo bancário foram identificados depósitos na conta de Giselda Lima, esposa de Vaccari. Entre 2008 e 2014, Marice teria realizado cerca de R$ 583,4 mil em depósitos na conta de Giselda.

Segundo os procuradores, Giselda “recebe uma espécie de mesada de fonte ilícita paga pela investigada Marice, sendo que os pagamentos continuam sendo feitos até março de 2015”.

Outro lado

O advogado de Marice, Cláudio Pimentel, por sua vez, pediu nesta quarta-feira (22) a revogação da prisão temporária da cunhada de Vaccari. O advogado anexou na petição um documento em que a irmã de Marice, Giselda de Lima, afirma ser ela a pessoa que aparece nas filmagens do banco Itaú. “Declaração esta que demonstra que em momento algum realizou depósitos em nome de sua irmã”, afirma Pimentel.

Pimentel também anexou na petição uma declaração da Confederação Sindical dos Trabalhadores das Américas, que atesta que Marice esteve no Panamá participando de um congresso.

Marice está presa na carceragem da Polícia Federal desde a última sexta-feira (18), quando se entregou ao retornar de uma viagem ao Panamá. Ela teria viajado para participar do Fórum Sindical das Américas. Como coordenadora financeira do Centro Sindical das Américas, Marice Corrêa Lima representou a entidade no congresso realizado naquele país da América Central. Ela afirmou no depoimento prestado nesta segunda-feira (20) que não foi lavar dinheiro ilícito nem destruir provas.

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