| Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil

A Secretaria de Segurança e Paz Social do Distrito Federal informou nesta quarta-feira (24) que repetirá o esquema de proteção e monitoramento do Congresso Nacional para as sessões do Senado que decidirão o processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff (PT). Desta vez, a secretaria trabalha com uma expectativa menor de público, se comparada a projeções feitas para manifestações anteriores. O órgão aguarda, no máximo, 30 mil manifestantes na Esplanada, sejam eles contrários ou a favor da saída em definitivo de Dilma. Em abril, na abertura do processo de impeachment pela Câmara, eram esperados 300 mil manifestantes, mas apenas 57 mil estiveram no local.

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Durante os sete dias de operação, cerca de quatro mil agentes de segurança serão convocados para trabalhar. Para segunda-feira (29), dia em que Dilma deve depor no plenário do Senado, o efetivo será menor em relação aos dias da votação final. Serão 380 homens no perímetro do Congresso durante o depoimento da presidente afastada diante de 1,3 mil agentes no momento da votação final, marcada para quarta. De acordo com a secretaria, a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ficarão em prontidão para ajudar na segurança.

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Os grupos pró e contra o impeachment serão novamente divididos por um muro de ferro de um quilômetro de extensão e 80 metros de largura ao longo do gramado. Bebidas alcoólicas e bonecos infláveis como os “pixulecos” serão proibidos. Para a secretária de Segurança do DF, Márcia Alencar, o muro é necessário para garantir a proteção dos manifestantes e do patrimônio público ao longo da Esplanada.

“O muro é necessário para garantir a livre manifestação e a preservação das pessoas com a do patrimônio. É uma disputa que está colocada com o nível de calor do ponto de vista político e ideológico bastante denso, onde há manifestações muito claras de conflitos de interesses”, afirmou.

O grupo contrário ao impeachment ficará no lado esquerdo da Esplanada, dividindo espaço com as estruturas já montadas para a celebração do dia da Independência (7 de setembro). Os que pedem a saída de Dilma deverão ficar do lado direito, com concentração próxima à Catedral Metropolitana de Brasília.

A secretária afirmou que está “animada” com o esquema de segurança por conta do monitoramento feito durante os Jogos Olímpicos ao redor do estádio Mané Garrincha, subsede de partidas de futebol do evento. Em nota logo após a última partida na arena, o Governo do DF comemorou os resultados, pois a Rio 2016 em Brasília “transcorreu sem casos de homicídios”.

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“Estamos animados com os resultados das Olimpíadas. Não teremos casos sérios durante a votação do impeachment”, completou.