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Saúde é vista como prioridade

Para os paranaenses, o próximo governador do Paraná deve dar prioridade para a saúde. Essa área teve citação de 59,4% dos paranaenses no levantamento feito pelo Paraná Pesquisas. Bem atrás aparece a segurança pública (32,2%), seguido por educação (30,2%). Cada entrevistado poderia citar duas opções.

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O levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, feito com exclusividade para a Gazeta do Povo, mostra que o prefeito Beto Richa está com uma leve vantagem na disputa interna com o senador Alvaro Dias para ser o candidato do PSDB ao governo do Paraná. Os eleitores do estado, quando perguntados qual dos dois nomes preferem, mostram-se divididos: 46,3% dizem preferir Richa e 43,7%, Alvaro. Como a margem de erro da pesquisa é de 2,5 pontos porcentuais para mais ou para menos, os dois estão tecnicamente empatados.

Porém, a rejeição dos paranaenses a Alvaro é maior do que a Richa: 15,3% contra 9,1% (veja todos os números no gráfico da página anterior).

Para Alvaro, os números não são bons, pois ele vem afirmando que a definição do candidato tucano deve ser feita a partir de pesquisas de opinião pública. Como Richa tem o apoio explícito da cúpula do PSDB no Paraná, nos meios políticos especula-se que a Alvaro restará torcer para que a executiva nacional do PSDB puxe para si a responsabilidade da escolha do candidato no Paraná. A lógica é a seguinte: com Richa na disputa, Osmar Dias (PDT) será candidato com um possível apoio do PT. O objetivo seria dar um palanque presidencial forte para Dilma Rousseff. Já com Alvaro como candidato, Osmar tenderia a não disputar, pois eles são irmãos. E Dilma não teria um bom palanque no estado.

Deixar o cargo

Já a possibilidade de Richa deixar a prefeitura para concorrer ao governo divide o eleitorado de Curitiba e de todo o estado. Para 51,7% dos eleitores curitibanos e 51% dos paranaenses, ele deve disputar a eleição em 2010. Mas outros 43,6% dos moradores da capital e 43,9% dos paranaenses dizem que ele deve ser "fiel" ao cargo para o qual foi eleito no ano passado.

De acordo com Murilo Hidalgo, diretor do Paraná Pesquisas, Beto Richa tem a vantagem de não ser visto como traidor pelo seu eleitorado. É porque entre as pessoas que declararam o voto nele, 70% apoiam a saída dele para concorrer ao cargo de chefe do Executivo paranaense.

Opinião semelhante tem o professor de Ciência Política Ricardo Oliveira, da UFPR. "Aqueles que não querem Richa na disputa são os eleitores de outros candidatos. Ou não querem porque não têm interesse ou até porque temem que ele concorra."

Espontânea

A Paraná Pesquisas pediu ainda aos elei­­­tores paranaenses que apontassem, de forma espontânea, em quem votariam para governador do estado, caso as eleições fossem hoje. O nome mais lembrado pelos paranaenses foi justamente o de Beto Richa, com 9,8% das preferências. Em segundo lugar, aparece Osmar Dias (PDT), com 5,5%. Roberto Requião (PMDB) – que não pode concorrer a outra reeleição –, é citado por 5%, na frente de Alvaro Dias, com 4,2%. Orlando Pessuti (PMDB) teve 1%.

Mas a grande maioria – 72,5% dos paranaenses – não soube apontar nenhum nome espontaneamente. Para Hidalgo, isso mostra que a eleição de 2010 ainda está muito distante para os eleitores. "A disputa está muito viva para os políticos, mas para a população é um assunto que ainda não pegou. Ainda tem carnaval e Copa do Mundo antes da agenda eleitoral, antes de começarem a pensar mais atentamente nisso."

Apoio de Requião

Apesar de o pré-candidato do PMDB, Orlando Pessuti, ser citado por uma pequena parcela do eleitorado (7,9% no máximo), o levantamento do Paraná Pesquisas mostra que o apoio do governador Roberto Requião pode ser o fiel da balança em uma disputa acirrada. Trinta e oito por cento dos paranaenses disseram que o apoio de Requião a um candidato aumentaria a chance de votar nesse nome. Por outro lado, outros 30% declararam que a adesão do governador diminuiria as chances justamente pelo apoio dado por Requião. Ou seja, na média, Requião pode angariar os votos de 8% dos paranaenses para algum candidato.

A influência do peemedebista é mais forte no interior. Para 39,3% dos paranaenses que vivem no interior, Requião pode influenciar o seu voto.

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