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Em entrevista ao programa "Roda Viva", nesta segunda-feira (26), o pré-candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, evitou dizer se deixaria a disputa caso o PT lançasse a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "Sou candidato para ganhar a eleição. Lula não é candidato. Nossa disputa não é com Lula, é com a presidenta Dilma".

Durante a entrevista, Campos se esquivou das perguntas sobre críticas que Lula tem feito à sua campanha e passou a maior parte do programa criticando Dilma: "A presidente Dilma [Rousseff] perdeu o rumo: quem era a mãe do PAC se tornou a madrinha da inflação, do baixo crescimento, do que está acontecendo na Petrobras".

Questionado sobre o mensalão, o ex-governador de Pernambuco disse que o escândalo fragilizou o governo Lula, que então buscou "o presidencialismo de coalizão que marcou seu segundo mandato", acrescentando depois: "A decepção com a presidente Dilma vem daí. Não enfrentou os malfeitos. Dilma teve oportunidade de corrigir os erros e não fez isso. Há um desejo hoje generalizado de mudança".

Campos disse que irá combater o fisiologismo cortando à metade o número de ministérios e com isso aposentará algumas figuras tradicionais do Congresso: "Vamos ter o apoio da sociedade para tirar do Congresso algumas figuras que precisam ir para a aposentadoria. As outras a gente precisa ter a coragem de colocar na oposição".

Ele destacou suas diferenças em relação ao pré-candidato Aécio Neves, do PSDB, e afirmou que é o mais capacitado a derrotar a presidente: "Saio do lugar onde Dilma mais teve votos. As forças ligadas à presidenta não querem o embate conosco. A população sabe que eu e a Marina [Silva] jamais vamos mexer nas conquistas sociais. Nós podemos unir o Brasil, enquanto eles [tucanos] vão continuar submetendo o Brasil à divisão que o país já não suporta".

Na entrevista, Campos disse que tem diferenças explícitas em relação a Marina Silva porque ambos tiveram origens diferentes, mas que hoje um complementa a visão de mundo do outro.

Mais cedo, em evento com empresários, ele afirmou que a ex-senadora será "uma grande oportunidade em vez de uma ameaça" ao agronegócio brasileiro.

Sobre as divergências entre os dois em relação à eleição para governador de São Paulo, ele afirmou no "Roda Viva" que cada partido de sua aliança tem uma posição.

"Hoje há um debate. O PPS tem uma posição, o PSB tem outra, a Rede tem outra. O ideal seria ter uma solução comum. Mas cada partido vai decidir em junho". Na entrevista, ele negou ter se reunido com o governador Geraldo Alckmin nos últimos dias: "Não estive com Alckmin".

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