Os candidatos à prefeitura de Curitiba que estão atrás nas pesquisas eleitorais ou os que não recebem apoio de partidos representativos contam com a colaboração financeira de amigos e militantes. Na relação de doadores apresentadas por Bruno Meirinho (PSol), Maurício Furtado (PV) e Ricardo Gomyde (PCdoB) constam apenas três empresas.
Já Lauro Rodrigues (PTdoB) alega que, se tivesse doadores, os nomes seriam divulgados. O candidato afirma que recebeu apenas ajuda da família: "Acho que não passa de R$ 4 mil". No entanto, o pai de Lauro, o ex-vereador e o ex-deputado Horácio Rodrigues, doou R$ 10 mil a Beto Richa (PSDB) em 2002 e 2004. Segundo Lauro, um imóvel foi emprestado para Richa e não houve doação em dinheiro. Lauro completa que o pai não está ajudando o prefeito nesta campanha e nega que seja o candidato "laranja" de Richa.
Meirinho apresentou a relação de doadores que seriam simpatizantes do partido. A única empresa que consta na relação é a Trindade e Arzeno Advogados Associados, que contribuiu com R$ 8 mil. O escritório defende o candidato num processo judicial contra a ocupação da Reitoria da UFPR, em 2005, da qual Meirinho participou. Na época, o adversário Carlos Augusto Moreira Júnior era reitor da universidade.
Na relação de contas do PV, um dos primeiros partidos a divulgar os seus financiadores de campanha, não há nenhuma empresa. A pessoa que mais doou foi o próprio presidente do partido, Mello Viana (R$ 5,9 mil).
Gomyde, que foi presidente da Paraná Esporte, declarou que doações de militantes do partido, como José Ferreira Lopes (R$ 2 mil em adesivos perfurados) e Maria Zuleica Kortiak (R$ 500 em bandeira), além do apoio de duas empresas: a Sita Transportes de Carga (R$ 10 mil) e a Gráfica Flexolaser (R$ 890 em panfletos).
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