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Presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) minimizou nesta segunda-feira (15) o início da ofensiva do tucanato paulista pela candidatura do governador Geraldo Alckmin à Presidência, em 2018.

Aécio liderará visita ao TCU para tratar do julgamento das contas do governo

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou nesta segunda-feira, 15, que lideranças da oposição vão visitar o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, para reiterar a confiança numa decisão técnica da Corte no julgamento das contas de governo da presidente Dilma Rousseff. A visita ocorrerá amanhã, dia 16, no final da manhã, véspera do julgamento previsto pelo TCU.

Mesmo tomando decisão semelhante - a de visitar um integrante do tribunal -, o tucano criticou duramente a presença quase diária de ministros do governo, como o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, ao TCU. Aécio classificou a iniciativa de membros do Executivo como “algo absolutamente inédito e inaceitável”. Para ele, é uma tentativa de influenciar a decisão dos membros do tribunal.

Para Aécio, a visita buscará garantir que o tribunal não vai se influenciar diante de “qualquer tipo de pressão e chantagem” ocorridas nos últimos dias, segundo ele.

“Temos enorme respeito pelo TCU, que é composto por homens e mulheres altamente preparados. Temos absoluta convicção de que a decisão do Tribunal de Contas será técnica. E, se a decisão for técnica, obviamente - por todas as informações já divulgadas, que inclusive levaram ao estabelecimento, à entrada de uma ação criminal junto à PGR (Procuradoria-Geral da República) - deverá ser pela rejeição das contas”, disse o presidente do PSDB, em entrevista coletiva.

Para o tucano, houve uma “burla” à Lei de Responsabilidade Fiscal pelo governo Dilma durante o ano passado nas chamadas “pedaladas fiscais”. Ele disse que o relator do processo, ministro Augusto Nardes, já sinalizou ter havido o erro. “Falta agora a votação do Pleno daquele Tribunal”, disse.

Provável pré-candidato ao Palácio do Planalto pelo PSDB em 2018, Aécio disse ser “confortador” para a sigla reunir vários nomes com a possibilidade de disputarem o cargo, mas defendeu que o partido não “salte etapas” e discuta o assunto “no momento certo”, em um claro recado à ala ligada à Alckmin.

“É confortador para todos nós termos no PSDB, em condição de disputar as eleições e de vencê-las, nomes da estatura do governador de São Paulo. Mas teremos a responsabilidade de não saltar etapas. E, no momento certo, no momento das eleições, o PSDB tomará, unido, a sua decisão, e será aquela que for melhor para o Brasil”, disse Aécio.

Ao se declarar favorável à realização de prévias no PSDB caso mais de um tucano queira disputar a Presidência, o senador disse que, além de Alckmin, o partido tem nomes como os senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), José Serra (PSDB-SP), o governador Marconi Perillo (PSDB-GO) e o próprio ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Mais do que a definição de nomes, temos que deixar muito claro qual o projeto de país que temos a oferecer. E é sobre isso que estaremos mergulhados nesses próximos meses e até mesmo anos”, afirmou Aécio.

O tucano perdeu as eleições de 2014 para a presidente Dilma Rousseff por uma margem apertada de votos. Desde então, vem trabalhando dentro da sigla para se viabilizar como candidato da sigla ao Planalto em 2018.

Em mais um recado à ala paulista do PSDB, Aécio afirmou que a escolha do candidato ao Planalto não é a atual “agenda” do partido, que vai realizar convenção nacional no dia 5 de julho para “reafirmar os seus princípios”, sem incluir no debate a sucessão presidencial. “Essa é uma questão que será discutida lá na frente. Mas essa não é a agenda hoje do PSDB. Mas vejo com muita alegria que o PSDB tem um leque de opções e de de alternativas que nenhuma outra força partidária no Brasil, com todo respeito que tenho a elas todas, tem a oferecer”, desconversou.

A eleição da nova cúpula do PSDB de São Paulo, neste domingo (14), marcou o início da ofensiva do PSDB de São Paulo para lançar Alckmin candidato à Presidência, em 2018.

Foi o movimento mais ostensivo de aliados em busca da construção de um caminho dentro do PSDB pelo lançamento de Alckmin. “Ele é o nosso candidato ao Planalto”, disse o deputado estadual Pedro Tobias (PSDB-SP), novo presidente estadual da sigla. “E nós temos que começar a trabalhar por isso já”, concluiu.

Tobias, que já durante o discurso na convenção havia defendido a candidatura de Alckmin, afirmou que marcará reuniões com dirigentes de outros Estados para defender o nome do governador.

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