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Richa: à espera da definição do PMDB | Brunno Covello/ Gazeta do Povo
Richa: à espera da definição do PMDB| Foto: Brunno Covello/ Gazeta do Povo
  • Gleisi:
  • Flávio Arns (PSDB):Atual vice-governador, pode repetir a dobradinha com Richa em uma chapa pura. Entretanto, pela conjuntura atual, é mais provável que o PSDB abra espaço para outro partido.
  • Osmar Serraglio (PMDB):O PMDB negocia com o PSDB a vice de Richa, mas uma parcela considerável do partido luta pela candidatura própria de Roberto Requião. Outros nomes do partido também podem ocupar a cadeira, incluindo Orlando Pessuti e Caíto Quintana
  • Ratinho Jr. (PSC):Cotado para assumir a vice de Richa, pode ser um
  • Osmar Dias (PDT):Vice dos sonhos de Gleisi. Tem o perfil considerado ideal pelo PT, mas pode preferir se candidatar novamente ao Senado. Outros nomes do PDT correm por fora
  • Eduardo Sciarra (PSD):O deputado é visto como um possível candidato a vice-governador em ambas as chapas, mas especialmente na de Gleisi. Ele nega e diz que será candidato a senador, apoiando a candidatura de Joel Malucelli (PSD) ao governo
  • Cida Borghetti (Pros):Apesar de o secretário estadual da Indústria e Comércio, Ricardo Barros, considerar a candidatura própria seu

Figura importantíssima nas campanhas, os candidatos a vice-governador já são alvo de especulação e de negociações de bastidores a três meses do início do período oficial das convenções partidárias que vão definir as coligações. Nomes de diversos partidos são especulados para ocupar a posição nas chapas dos dois principais pré-candidatos, Beto Richa (PSDB) e Gleisi Hoffmann (PT). Às vezes pouco lembrado, o vice é um fator determinante na composição das chapas e pode decidir uma eleição apertada – para o bem ou para o mal. Por causa disso, tucanos e petistas já articulam nos bastidores quem pode ocupar essa posição.

A função do vice vai muito além de substituir o titular quando é necessário – como faz hoje Flávio Arns (PSDB), governador em exercício do Paraná. Nas eleições, ele serve como um "dote" para o casamento entre os partidos – junto, claro, com o tempo de TV, a capacidade de arrecadar recursos e outras benesses das alianças.

Em um cenário ideal, o vice tem a função de agregar setores da sociedade geralmente refratários ao titular da chapa. Foi o caso de José Alencar, empresário e vice de Lula, que ajudou a suavizar a imagem do ex-presidente diante do empresariado na eleição de 2002. Um vice pode também ter um perfil mais discreto e menos conhecido, mas com algum apelo para a base aliada. Foi o caso de Miriam Gonçalves, escolhida pelo PT para ocupar a vaga na coligação que elegeu Gustavo Fruet (PDT) prefeito de Curitiba.

Outras vezes, entretanto, o "dote" pode virar um problema. Em 2006, Osmar Dias (PDT) perdeu para Roberto Requião (PMDB) o segundo turno da eleição ao Palácio Iguaçu por uma margem de apenas 10 mil votos. Um dos motivos foi seu vice, Derli Donin, ex-prefeito de Toledo. Na época, Donin respondia a oito processos por sua gestão municipal – fato que, naturalmente, virou munição nas mãos de Requião. Logo, às vezes é melhor um vice que não traga consigo uma alta rejeição.

Perfil

A ideia de um vice que complemente o perfil do candidato principal é o que o PT busca para a campanha. Segundo o deputado federal André Vargas (PT), a legenda busca alguém de outro partido, com boas relações com o empresariado e que, de preferência, seja do interior. A descrição parece feita sob medida para Osmar, e Vargas admite que ele é de fato o "candidato ideal" – até porque, além de perfil, ele tem voto e já disputou as eleições junto com o PT. Entretanto, a descrição vale também para Eduardo Sciarra (PSD).

Já o deputado estadual Ademar Traiano (PSDB), líder do PSDB na Assembleia, diz que o partido "já tem um grande vice" – o próprio Arns. Entretanto, ele admite que o estado vive um novo momento político e que, pela conjuntura, talvez seja necessário ceder a cadeira para alguém indicado pelo PMDB, ou para Ratinho Jr. (PSC).

Na atual conjuntura, parece pouco provável que qualquer um dos candidatos vá para a disputa com chapa pura – até pelo risco de perder aliados para o adversário. Ainda assim, vale lembrar que, nas últimas três eleições, o vice-governador eleito era do mesmo partido do governador: Arns e Orlando Pessuti (PMDB), este duas vezes eleito vice-governador na chapa de Requião.

Candidatos podem desistir para compor com Richa ou Gleisi

O cenário político do Paraná ainda está indefinido para as próximas eleições. Além de Beto Richa (PSDB), Gleisi Hoffmann (PT) e de partidos pequenos de esquerda, pelo menos outras quatro legendas buscam viabilizar candidatos para a disputa pelo Palácio Iguaçu. Em alguns casos, pré-candidatos sofrem resistências internas para se viabilizar. Em outros, a candidatura pode não sair por ser pouco competitiva. Por isso algumas dessas legendas podem fornecer os vices para as duas candidaturas já postas.

Um dos partidos que vive esse dilema é o PMDB. O partido está dividido em três alas: a de Roberto Requião, a de Orlando Pessuti e a dos deputados estaduais. As duas últimas são aliadas e comandam o diretório. Os interesses desses grupos divergem: Requião e Pessuti brigam pela candidatura própria, enquanto os deputados tendem a apoiar uma aliança com Richa. Ao mesmo tempo, Requião e Pessuti divergem sobre quem deve ser o candidato.

Caso a aliança com Richa ocorra, é provável que o PMDB indique o candidato a vice-governador. Pessuti e o presidente da legenda, Osmar Serraglio, são nomes lembrados. Entretanto, essa definição ainda deve demorar a ocorrer. E, seja qual lado vença a queda de braço, é quase certo que o partido irá dividido para a disputa.

Decolar

Outro partido que pode ter candidato próprio é o PSD. Joel Malucelli já lançou sua pré-candidatura ao Palácio Iguaçu, com Eduardo Sciarra, presidente estadual do partido, para a vaga de senador. Entretanto, a sigla é da base de apoio de Dilma Rousseff, no âmbito federal, e de Richa, no estadual. Logo, especula-se que, caso a candidatura de Malucelli não decole, o PSD possa indicar o vice de alguma das duas chapas – lideranças petistas admitem que há conversas com o partido buscando uma aliança.

Através de sua assessoria, Sciarra negou que esteja em negociações com qualquer um dos lados. "Não tenho mais dúvidas da viabilidade da candidatura do Joel e da minha ao Senado. A sociedade quer algo diferente", comentou. "O PSD tem hoje um projeto político-eleitoral claro: lançar candidatura própria ao governo e ao Senado, com objetivo de fortalecer as candidaturas às eleições proporcionais".

Já o grupo do secretário estadual da Indústria e Comércio, Ricardo Barros (PP), que envolve ainda o PHS e o Pros, vive a situação sui generis. Tem um candidato próprio, o ex-prefeito de Maringá Silvio Barros (PHS), mas admite estar em negociações com Richa e Gleisi. Ricardo afirma que a candidatura própria é o "plano A", mas que não descarta uma aliança com a senadora ou com o governador – dependendo do espaço político oferecido.

Por fim, o PV também debate internamente a possibilidade de Rosane Ferreira ser candidata ao governo. Em entrevista na Assembleia recentemente, ela disse que quer se candidatar, mas que depende do aval do resto do partido. Os verdes lançaram candidatos próprios nas últimas duas eleições.

Veja quem são os mais cogitados para as vagas de vice de Beto Richa e Gleisi Hoffmann:

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