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Volante Valencia volta com moral e a confiança do treinador Antônio Lopes | Albari Rosa / Gazeta do Povo / Arquivo
Volante Valencia volta com moral e a confiança do treinador Antônio Lopes| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo / Arquivo

Anac proíbe venda de novos bilhetes em Congonhas

Em reunião na tarde desta terça-feira, a diretoria colegiada da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) decidiu proibir as companhias aéreas de vender bilhetes de vôos saindo do Aeroporto de Congonhas, mesmo em caso de conexão ou escala, até que o tráfego aéreo se normalize no terminal. A medida entra em vigor imediatamente. Além disso, em 60 dias, o aeroporto só receberá vôos com menos de duas horas de duração

Leia a reportagem completa

O ex-ministro da Justiça e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim será o novo ministro da Defesa, em lugar de Waldir Pires , desgastado no cargo após dez meses de crise aérea. Jobim já recusara a pasta em ao menos duas ocasiões: em março e no último domingo. Acabou aceitando na terça-feira o convite feito pelo ex-deputado Sigmaringa Seixas (PT-DF), a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Por ser amigo de longa data de Waldir Pires, Lula quer fazer a substituição no Ministério da Defesa com discrição. A posse de Nelson Jobim está marcada para as 16 horas desta quarta-feira (25), no Palácio do Planalto. Em reunião pela manhã, o presidente acertou a indicação de Jobim e confirmou oficialmente a saída de Pires, que também esteve presente. A cerimônia de transmissão do cargo pode ficar para esta quinta-feira, no Ministério da Defesa.

De acordo com a jornalista Renata Lo Prete, em reportagem publicada na edição de hoje do jornal Folha de S. Paulo (conteúdo fechado para assinantes), esta teria sido a segunda abordagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Jobim desde a tragédia com o Airbus-A320 da TAM em Congonhas, que resultou na morte de quase 200 pessoas na semana passada.

"Antes de dizer sim, Jobim ouviu de Lula que terá liberdade para fazer as mudanças que considerar necessárias na Infraero e na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). A estatal e a agência reguladora estão no centro do transtorno vigente nos aeroportos desde o acidente com o Boeing da Gol, em outubro passado", revelou a jornalista.

Outros nomes sondados para substituir Pires na Defesa, ainda de acordo com a reportagem, foram dos ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Jorge Hage (Controladoria Geral da União).

Bastidores

A colunista do Globo Tereza Cruvinel afirma que a substituição de Waldir Pires estava sendo cogitada desde a reforma ministerial do segundo mandato de Lula. Mas a troca não foi feita antes por respeito ao atual ministro da Defesa.

O nome de Jobim foi escolhido por Lula acreditar que teria um bom trânsito junto aos militares e que desfrutasse respeito da sociedade. "Jobim, tal como todos os seus antecessores na pasta, no Governo de Lula e no de FH, que a criou, não entende nada do setor aéreo", definiu a colunista. Mas Jobim teria "comando e visão estratégica para impor um novo padrão de gestão à Infraero e à Anac".

"Dentro do governo não se descarta a possibilidade de mudar a direção da ANAC dependendo da avaliação da situação a ser feita pelo novo ministro da Defesa", adiantou a jornalista Mirian Leitão em seu blog.

Perfil

Nelson Jobim nasceu em 12 de abril de 1946, em Santa Maria (RS). Jobim é formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, tendo concluído o curso entre 1964 e 1968.

Ele já ocupou cargos de destaque no meio jurídico. Foi Ministro da Justiça no governo FH, entre 1º de janeiro de 1995 a 7 de abril de 1997, e ocupou a presidência do Supremo Tribunal Federal, entre 2001 e 2006.

Na política, foi deputado constituinte em 1986. Ele foi líder do PMDB em 1988, presidente da Comissão de Constituição e Justiça (89) e relator da revisão constitucional (93-94).

No ano passado, tentou a presidência do PMDB, mas acabou desistindo da disputa contra Michel Temer.

Com a indicação de Jobim, o PMDB ganha mais um ministério no governo Lula e o PT perde um. O PMDB, que já tinha cinco ministros, pode ficar com seis, a não ser que a pasta de Minas e Energia, para a qual Lula não indicou ninguém para o lugar de Silas Rondeau, saia da cota do partido. O PMDB já tem as pastas da Integração Nacional, comandada por Geddel Vieira Lima, das Comunicações, por Hélio Costa, da Agricultura, por Reinhold Stephanes, e da Saúde, por José Gomes Temporão. Nelson Hübner ocupa o Ministério de Minas e Energia interinamente.

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