A eleição do senador José Sarney (PMDB-AP) e do deputado Michel Temer (PMDB-SP) para comandar o Senado e a Câmara, respectivamente, representou uma grande derrota para o PT, visto que o partido tentou, mas não conseguiu, manter sob o seu controle uma das duas Casas. Os petistas tiveram de entregar a presidência da Câmara para o PMDB por força de um acordo assinado em cartório em 2007, quando então conseguiram emplacar o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) no cargo com o apoio dos peemedebistas. No entanto, ao tentar equilibrar as forças, desta vez migrando para o Senado, o candidato Tião Viana (AC) perdeu a eleição para Sarney, que só havia se definido candidato uma semana antes.

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Nessa disputa, o governador de São Paulo, José Serra, e seu partido, o PSDB, diversificaram as suas apostas. Saíram derrotados no Senado, onde embarcaram na candidatura de Viana, mas obtiveram uma vitória na Câmara, com Temer, aliado em São Paulo da administração Serra.

Vitoriosos, Sarney e Temer representam a manutenção das estruturas já consolidadas das duas Casas, com uma burocracia excessiva, controle de setores do Legislativo por grupos montados há mais de uma década e promessas velhas, como as reformas partidária e tributária, que nunca saem nem do papel nem da boca dos políticos.

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