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Em visita ao Ceará hoje, a presidente Dilma Rousseff fez longo elogio ao ex-ministro Ciro Gomes (Pros), atual secretário de Saúde do Estado, e voltou a se confundir ao citar o prefeito da capital cearense. "O Ciro é uma pessoa com a qual eu convivi. Nós dois fomos juntos ministros no primeiro governo do ex-presidente Lula. [...] Conheci o Ciro como um homem de coragem, um homem de perseverança, um excelente gestor, mas sobretudo um homem de imensa dignidade, um homem íntegro. E, mesmo que ele não queira, extremamente doce", afirmou a presidente em discurso durante cerimônia de anúncio de recursos para obras de mobilidade. "[O Ciro] Era, de fato, uma pessoa de muito bom coração, de ótimo convívio. Para mim, ele sempre será isso", completou a presidente.

A imprensa cearense cita Ciro como possível substituto de Alexandre Padilha (PT) no Ministério da Saúde. A pasta deverá ser uma das que terão substituição na próxima reforma ministerial, pois Padilha é hoje o principal nome do PT para disputar o governo de São Paulo em 2014.

Para apoiar a eleição de Dilma, o grupo de Ciro e de seu irmão, o governador Cid Gomes, deixou em outubro o PSB, sigla do governador de Pernambuco e provável candidato à Presidência em 2014, Eduardo Campos.

No discurso, Dilma cometeu gafe ao errar, pela segunda vez neste ano, o nome do prefeito de Fortaleza, Roberto Claudio (Pros), chamando-o de Antônio Claudio. "Eu também não posso deixar de me referir a uma coisa que para mim, e eu tenho absoluta certeza de que também para o governo do Ceará, e também para o prefeito Antônio Cláudio, que são as creches", disse.

Na última visita que havia feito ao Ceará, em julho, Dilma esqueceu o nome do prefeito. Ao perceber o erro de hoje, ela se corrigiu. "Eu tenho um amigo que chama Antônio Claudio e eu chamo ele de Roberto Cláudio, então é uma confusão só", afirmou.

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Dilma faz hoje, no Ceará, uma série de anúncios de recursos do PAC 2 para obras de mobilidade urbana. Entre eles, a liberação de R$ 2,09 bilhões para modernização e ampliação do metrô de Fortaleza, que liga a capital a Caucaia, na região metropolitana.

Do total, R$ 1,05 bilhão vem do Orçamento da União e R$ 1,04 bilhão é financiado pela Caixa Econômica Federal. As obras incluem duplicação e eletrificação das vias, troca de trens e construção de mais 13 estações na linha, que vão se somar às dez já existentes.

A presidente também assinou ordem de serviço para construção da linha leste do metrô, que terá 12 estações e 12,4 km de extensão e será integrada às linhas oeste e sul. O governador Cid Gomes comemorou o que afirma ser o maior contrato já assinado no Estado, em referência à construção da linha leste do metrô de Fortaleza.

O contrato é de R$ 3,4 bilhões, sendo R$ 1 bilhão do Orçamento da União, R$ 1 bilhão de financiamento e R$ 1,4 bilhão de contrapartida do governo cearense. Ainda entre as obras de mobilidade, Dilma assinou contrato para construção de vias de BRT (corredores de ônibus) e ampliação da rodoviária de Fortaleza.

Ao lado do ministro da Educação, Aloizio Mercadante (PT), Dilma também anunciou recursos para a construção de 86 creches em Fortaleza. Também no evento, a presidente da Petrobras, Graça Foster, assinou termo de compromisso para criação da Reserva Indígena Taba dos Anacés. A reserva será criada em terreno a ser comprado pelo governo do Ceará.

O objetivo é assentar índios da etnia anacé que hoje ocupam área que deverá ser usada para construção de uma refinaria da Petrobras. De Fortaleza, Dilma seguiu para a cidade de Horizonte, na região metropolitana, onde inaugura uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Para a construção da unidade, foram investidos R$ 2 milhões do governo federal e R$ 1,9 milhão do governo do Ceará.

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