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Em um discurso que durou mais de 40 minutos, na abertura do 33º Congresso Brasileiro de Agências de Viagens - Feira das Américas, o presidente Lula voltou a criticar os pessimistas. Ele defendeu a política cambial e festejou o momento atual da economia que classificou de único, com inflação baixa, superávit externo e crescimento.

A feira foi aberta com a cantora Fafá de Belém cantando o Hino Nacional. Em seguida, ela puxou o "Parabéns pra Você" de Lula, que completou 60 anos de idade nesta sexta-feira. Na seqüência, quebrando o protocolo, Fafá afirmou que a "Amazônia está morrendo" e pediu ao presidente que lidere um movimento de conscientização para preservar a região. Na seqüência, a cantora paraense cantou a "Ave Maria".

Em seu discurso, o presidente misturou a leitura do texto com improvisos. Como de costume neste tipo de evento, Lula abusou das metáforas, especialmente as relacionadas com futebol, e comparou o setor de turismo brasileiro a uma criança sem pai.

- O avanço do setor é fruto da parceria entre a iniciativa privada, o governo federal, estados e municípios. Não se disputa quem é o pai da criança. É um pai coletivo. Na verdade, essa criança não tem pai. Está em um orfanato chamado Brasil e vamos cuidar dela com muito carinho, porque dela depende muito do futuro do Brasil - disse Lula.

O presidente voltou a criticar os pessimistas, mas cometeu um deslize ao trocar "pessimismo" por "otimismo" em uma frase.

- Pessimistas a gente encontra em qualquer lugar do mundo. Estou ficando velho e aprendendo que temos de levantar todo santo dia e fazer uma reza profunda, para que a gente deixe o otimismo no banheiro, dê descarga nele logo cedo e saia para a rua pensando coisas boas, porque aí elas acontecem - disse Lula, muito aplaudido pela platéia.

O presidente comemorou os resultados do setor, enfatizando o fato de o Brasil ter invertido a balança de turismo, historicamemte deficitária.

- Se em uma outra encarnação eu voltar como homem público, quero ser ministro do Turismo - brincou o presidente.

Lula disse que o Ministério do Turismo tem metas ambiciosas de trazer 9 milhões de estrangeiros ao país até 2007:

- Prefiro metas ambiciosas do que uma meta frouxa. A gente pode até não chegar lá, mas o mais importante é a gente trabalhar. Já aprendi que não existe nada impossível. Impossível é alguma coisa um pouco mais difícil - disse Lula.

O presidente falou da importânia de o país se mostrar no exterior.

- Dos nossos defeitos os concorrentes falam. As nossas virtudes, nós temos que mostrar.

Lula disse que foi criticado por ter criado um ministério para o turismo, e mais uma vez rebateu os críticos:

- O Brasil é o único país capitalista do mundo onde as pessoas querem ganhar dinheiro sem investir.

No fim do discurso, falando mais um vez de improviso, o presidente pregou paciência:

- Não podemos permitir que a impaciência tome conta de nós. Há muitos anos não temos uma conjunção de fatores dando certo. Podemos ter um definitivo ciclo de crescimento de longo prazo. Não haverá mágica. Não vou passar para a história como alguém que inventou uma mágica. Não vamos jogar isso fora. Com muita humildade vamos fazer a nossa parte.

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