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O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), afirmou ontem que, embora ainda acredite que a reforma tributária possa ser votada no Congresso Nacional, esse não seria o melhor momento para isso ocorrer. Para ele, todas as reformas constitucionais deveriam acontecer em início de governo. Ele participou de evento sobre empreendedorismo rural em Pinhais.

"Falo que as reformas tributária, política, trabalhista e previdenciária deveriam ser apresentadas quando o mandato presidencial está começando. Não no fim de governo. Digo isso até como ex-parlamentar e ex-presidente da Câmara dos Deputados. Para que elas aconteçam, é preciso uma ação muito vigorosa do Poder Executivo", disse Aécio. Na opinião dele, o Brasil vive em um regime presidencialista "quase monárquico, onde a força do poder central é muito grande".

Com alguns ajustes, Aécio diz que ainda é possível votar a reforma. Minas Gerais, um dos estados com maior arrecadação atualmente, perderia recursos com as mudanças. "Os estados deverão ser ressarcidos. Não pode haver perda em um primeiro momento." Para o mineiro, nesse momento, o governo federal deveria atuar de forma mais ousada no que diz respeito à crise econômica mundial.

Blindagem

Além de Minas Gerais, outro estado que poderia perder com a reforma é São Paulo, comandado pelo presidenciável José Serra (PSDB). Para isolar a força política dos estados mais ricos, o governo federal articula um acordo com os governadores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Entre as concessões acenadas às regiões menos desenvolvidas do país está o aumento do valor reservado aos estados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR), que passaria de R$ 4,7 bilhões para até R$ 8 bilhões.

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