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Pessuti: conselheiro na Itaipu e no BNDES | Carlos Soares-SECS
Pessuti: conselheiro na Itaipu e no BNDES| Foto: Carlos Soares-SECS

O trabalho

Conselho da estatal se reúne 6 vezes ao ano

O Conselho Administrativo da Itaipu é composto por 14 conselheiros, sete indicados pelo governo brasileiro, sete pelo governo do Paraguai. O grupo faz reuniões ordinárias a cada dois meses, além de eventuais reuniões extraordinárias, para discutir a administração financeira da empresa e fiscalizar o cumprimento do Tratado de Itaipu. Apesar de se reunirem apenas seis vezes por ano, os conselheiros recebem um salário mensal. O valor não foi divulgado oficialmente pela empresa. Segundo Orlando Pessuti, os vencimentos estão em cerca de R$ 18 mil. O peemedebista substitui no colegiado o ex-ministro da Defesa Celso Amorim.

O ex-governador do Paraná Orlando Pessuti (PMDB) foi nomeado para o Conselho Administrativo da Itaipu Binacional. A nomeação foi assinada pela presidente Dilma Rousseff na segunda-feira e publicada no Diário Oficial da União de ontem. O mandato vai até maio de 2016. Pessuti deve assinar o termo de posse e se apresentar à secretaria do conselho hoje. Ele nega que a nomeação mude seu relacionamento com o governo federal ou estadual ou influencie seu posicionamento em relação a 2014.

No início do ano, Pessuti foi sondado pelo governador Beto Richa (PSDB) para assumir a presidência da Sanepar. A ideia era vista como uma manobra para aproximar seu grupo político no PMDB do governo do estado e neutralizar uma possível candidatura peemedebista ou uma eventual aliança do partido com o PT na disputa pelo governo do estado. Entretanto, ele recusou a indicação. Agora, foi nomeado na Itaipu, indicado pelo governo federal.

O ex-governador considera que os dois fatos não estão ligados e que sua indicação não significa uma aproximação do PT para as próximas eleições. De acordo com ele, sua relação é boa com ambos os lados, mas seu foco ainda é na candidatura própria do PMDB – de preferência, com ele próprio na cabeça da chapa. "Quase todas as semanas converso com o Beto [Richa] e com a Gleisi [Hoffmann, ministra da Casa Civil]. Me dou muito bem com eles, sempre discutimos os interesses do Paraná", afirma. "Mas eu espero ser candidato a governador. Se não for isso, discutimos as outras alternativas em 2014."

Pessuti diz que recusou o cargo de presidente da Sanepar porque a posição dificultaria seu projeto de percorrer o estado para reestruturar o PMDB. Ele afirma que chegou a ser consultado pelo vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), para assumir uma diretoria em Itaipu, e recusou pelo mesmo motivo. "Ambos os cargos eram de caráter administrativo, que me prenderiam demais. Eu não teria a liberdade de tempo para percorrer o Paraná e reorganizar o PMDB para as próximas eleições", argumenta.

Segundo Pessuti, sua ida para o Conselho Administrativo da Itaipu já vinha sendo discutida desde o fim da eleição de 2010. Mesmo na Itaipu, Pessuti deve seguir como conselheiro administrativo do BNDES, cargo que exerce desde junho de 2011.

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