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Brasília

Nova relatora da CPI dos Grampos vai pedir indiciamento de Dantas

Indiciamento já havia sido defendido por partidos e presidente da CPI. Para deputada, há "fortes indícios" de escutas a mando do banqueiro

A nova relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas Telefônicas, deputada Iriny Lopes (PT-ES), decidiu nesta quarta-feira (6) incluir o banqueiro Daniel Dantas no pedidos de indiciamento da comissão, por acreditar que existem "fortes indícios" contra o dono do banco Opportunity.

"Em conversa com o relator anterior decidimos incluir Daniel Dantas, por considerar que existem fortes indícios para tanto. Mesmo que ele já esteja sendo investigado pela Polícia Federal, com ações no Ministério Público e no Judiciário, acreditamos que a inclusão reforça a necessidade de se apurar também escutas clandestinas executadas a mando do banqueiro", disse a parlamentar, por meio de sua assessoria de imprensa.

O G1 procurou o advogado de defesa de Dantas, Andrei Schimidt, para comentar o caso e aguarda resposta.

A reunião CPI dos Grampos que estava prevista para a tarde desta quarta foi adiada para a manhã desta quinta (7) porque a nova relatora tenta buscar um consenso para apresentar seu relatório final.

Iriny Lopes assumiu o lugar do deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), antigo relator, que foi licenciado para ocupar a Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado da Bahia e havia optado por não pedir o indiciamento dos que já foram acusados em inquéritos ou ações.

Na semana passada, um voto em separado assinado por deputados do PSDB e PPS já pedia a inclusão entre os pedidos de indiciamento de Dantas, Protógenes e Lacerda, além do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Jorge Félix. Neste relatório, à exceção do banqueiro, os indiciamentos são por improbidade administrativa.

O presidente da CPI, Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), também apresentou na terça-feira (5) um voto em separado defendendo pedidos de indiciamento do banqueiro, de Protógenes Queiroz e Paulo Lacerda, além do ex-diretor-adjunto da Abin José Milton Campana.

Para que os indiciamentos aconteçam, é preciso que o relatório final da comissão aprove os pedidos.

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