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Com mais de 20 anos de serviços na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Wilson Roberto Trezza, substituto do delegado Paulo Lacerda na direção-geral do órgão, é um dos poucos remanescentes na Abin que atuaram no Serviço Nacional de Informações (SNI), largamente utilizado na repressão política a grupos de esquerda que se opunham ao regime militar (1964-1985).

Dos 1.600 integrantes da Abin, pouco mais de 300 são egressos do SNI, extinto em 1990 pelo ex-presidente Fernando Collor. Os restantes foram cedidos de outros órgãos públicos ou foram admitidos nos últimos anos de forma precária.

Considerado um agente de gabinete, ou "maçaneta" no jargão da arapongagem, Trezza vinha ocupando a função de secretário de Planejamento, Orçamento e Administração da Abin desde que Lacerda tomou posse no cargo, há um ano.

Curto e grosso

Trezza ganhou notoriedade recentemente ao se recusar a dar explicações ao Congresso, ao Tribunal de Contas da União (TCU) e até mesmo ao Planalto, sobre os gastos exorbitantes da Abin com cartões corporativos, que saltaram de R$ 5,5 milhões para R$ 11,5 milhões em 2007. "A natureza do serviço de inteligência é ser secreto", respondeu secamente. A nomeação de Trezza como substituto de Lacerda foi publicada ontem no Diário Oficial da União.

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