O novo ministro da Saúde, Arthur Chioro, cancelou na manhã de hoje sua primeira agenda pública, marcada para às 10h em São Paulo. O evento, que teria ainda a presença do prefeito Fernando Haddad (PT), marcaria o início das avaliações do terceiro ciclo do programa "Mais Médicos".

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O cancelamento da agenda foi feito sem explicações imediatas e acontece em meio à crise desencadeada pelo pedido de asilo político da médica cubana Ramona Matos Rodriguez, ontem. Integrante do "Mais Médicos", ela diz que deixou o programa depois de descobrir que ganhava menos do que os colegas.

Procurada após o cancelamento, assessoria do ministério disse que Chioro "achou por bem" transferir o evento para Brasília, na sexta-feira.

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Segundo Ramona, ela recebe apenas US$ 400 por mês para viver no Brasil e outros US$ 600 seriam depositados em uma conta em Cuba, que poderá ser movimentada apenas quando ela retornar ao país. O governo brasileiro paga R$ 10 mil por mês ao médico que participa do programa.Ramona alega ainda ter sido "enganada" sobre a possibilidade de trazer seus familiares ao país.

Em agosto do ano passado, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, havia dito que os médicos cubanos que tentassem permanecer no Brasil após o final do convênio não teriam direito ao asilo e seriam forçados a voltar para Cuba.