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A nova direção da Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar) tomou posse ontem para uma gestão de dois anos. O novo presidente, desembargador Paulo Vasconcelos, quer aumentar a participação dos juízes nas discussões da associação.

Formado em Administração de Empresas pela PUC e Direito pela Universidade Federal do Paraná, Vasconcelos é magistrado desde 1984. Venceu uma eleição disputada, com diferença de apenas dois votos, que teve a participação de aproximadamente 700 eleitores.

A nova direção, quer fazer consultas constantes, através de carta de votação, para saber a opinião dos associados de todo o estado sobre assuntos da classe, ou de interesse da sociedade.

Gazeta do Povo – A Associação dos Magistrados do Brasil está convocando a sociedade e os juízes para ajudarem na fiscalização das eleições, para tentar evitar uso de caixa paralelo de campanha. Como a Amapar vai se mobilizar para esta campanha?Paulo Vasconcelos – Nós ainda vamos entrar em contato com o presidente da AMB para saber exatamente quais os objetivos dessa campanha porque nós entendemos que as eleições ocorrem normalmente. Os problemas que acontecem podem ser superados pelo próprio Tribunal Regional Eleitoral e então não entendo ainda como a AMB vai intervir.

Não seria importante que os magistrados participassem da parte de fiscalização das contas de campanha, principalmente depois de terminado o pleito como está propondo a AMB?Já fui juiz eleitoral e entendo que o próprio tribunal eleitoral tem essa missão. Não cabe a uma entidade de classe fazer esse papel. Nós tiraríamos a competência dos juízes eleitorais.

Sobre a norma do Conselho Nacional de Justiça que tenta acabar com o nepotismo no Poder Judiciário, qual a sua opinião?Essa posição da presidência da Amapar tem que ser tomada em razão da posição da classe. Não posso emitir uma posição pessoal. Como estou entrando agora, tomando posse, tenho que conversar com os associados para ver se eles reconhecem a legitimidade desse conselho para intervir nos tribunais, estabelecendo normas administrativas que muitas vezes ferem a Constituição Estadual e Federal.

A Amapar vinha defendendo essa norma durante a gestão que se encerrou. Essa posição tem que ser rediscutida?Acho que sim. A Amapar não havia discutido esse assunto. Eram apenas posições pessoais de seus dirigentes. Todos os associados devem participar dessa discussão para saber a posição da classe sobre essa norma.

Quais são os outros temas importantes que a nova gestão da Amapar vai abordar?São questões mais internas da classe. Por exemplo, o nosso plano de saúde e planos de participação efetiva dos associados através do voto. Quando tivermos grandes temas vamos consultá-los, não por assembléia, porque seria muito difícil juntar boa parte dos magistrados do estado, mas através de uma carta resposta para saber efetivamente se a classe concorda ou não sobre um assunto.

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