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O presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), deve definir nesta terça-feira (11), por sorteio, o nome do novo relator do caso José Janene (PP-PR), acusado de envolvimento com o "valerioduto". O cargo de relator ficou vago após a saída da deputada Ângela Guadagnin (PT-SP). Ela foi afastada do Conselho por estar respondendo a uma representação na Corregedoria da Câmara.

A representação foi movida pelo PPS e pedia censura verbal e escrita à deputada pelo seu comportamento. Guadagnin dançou no plenário da Câmara para comemorar a absolvição do deputado João Magno (PT-MG), acusado de participar do mensalão. A coreografia ficou conhecida como a "dança da pizza".

Segundo a assessoria de imprensa do deputado, Izar aguarda apenas a votação de um parecer da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça da Câmara) antes de definir o novo relator. A CCJ analisa um pedido da Mesa Diretora da Câmara que questionou se Janene pode recorrer à aposentadoria por invalidez para escapar da cassação. O parecer do deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), contrário à estratégia de Janene, deve ser votado na próxima terça.

Ex-líder do PP na Casa, Janene está licenciado do cargo desde setembro de 2005 devido a uma doença do coração. Uma junta médica da Câmara já analisou as condições de saúde do parlamentar e atestou a necessidade do seu afastamento das funções legislativas. Janene busca se aposentar por invalidez para escapar do processo que continua correndo contra ele no Conselho de Ética.

O parecer de Biscaia diz que Janene não poderá se aposentar enquanto o processo no Conselho não estiver encerrado – e o fim pode ser a cassação do deputado em plenário. A votação do parecer foi adiada em razão dos pedidos de vista de vários deputados.Hoje, Izar deve soltar uma nota sobre os seis deputados que devem deixar o Conselho após a absolvição de João Paulo Cunha (PT-SP).

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