Apesar de não se intitular um "linha-dura", o novo secretário estadual da Administração Penitenciária, Antônio Ferreira Pinto, disse na quarta-feira, durante a sua nomeação, que não fará concessão alguma aos presidiários além do que está previsto em lei. Procurador do Ministério Público Estadual, Pinto já foi policial militar entre 1964 e 1979 e secretário-adjunto da Administração Penitenciária de 1993 a 1995.
- Não posso definir minha atuação. Vou cumprir a lei, serei extremamente legalista - resumiu.
Nesta sexta-feira, Pinto fará a primeira reunião para tratar dos problemas do sistema penitenciário, com ênfase nas atividades de organizações criminosas dentro das prisões.
- Vamos coletar dados que não chegam ao grande público, das dificuldades, do modo de operar dessas organizações criminosas e nos aplicar, a partir daí, a um plano de trabalho de combate a essas organizações. Vamos estabelecer um plano para atacar todas as lideranças negativas que existem nos presídios - disse Pinto, que não quis comentar a atuação do antecessor, Nagashi Furukawa.
- Me reservo ao direito, até por uma questão de ética, de não fazer críticas - declarou.
Pinto não quis detalhar nenhum programa de ação contra facções criminosas.
- Não posso detalhar porque, em assunto de segurança, toda essa planificação tem um caráter reservado, sob pena de ser frustrada já de começo - afirmou.
O secretário disse ainda que o bloqueio do sinal de celulares em regiões próximas a presídios não passa de paliativo.
- Mas nós vamos em busca de solução adequada e definitiva. Vamos procurar determinar uma revista mais rigorosa - declarou Pinto, novamente sem entrar em detalhes.
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