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O Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) irá investigar as denúncias de irregularidades na Câmara de Vereadores de Curitiba, denunciadas nesta semana pela Gazeta do Povo e pela RPCTV na série de reportagens chamada de "Negócio Fechado." A informação foi divulgada nesta sexta-feira (27) pela Polícia Civil. Segundo nota publicada no site da instituição, o objetivo é "identificar possíveis crimes de peculato, falsidade ideológica, crime contra as finanças públicas, sonegação fiscal e até formação de quadrilha."

O presidente da seccional Paraná da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR), José Lúcio Glomb, pediu a apuração do caso e a punição dos agentes públicos envolvidos. A declaração foi dada em entrevista ao telejornal Paraná TV 1ª. edição. Nesta semana, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) informou que abriu inquérito cível e criminal para apurar as denúncias.

Nos próximos dias, o Nurce deve encaminhar ao Legislativo uma solicitação para o fornecimento de diversos documentos, como os contratos sociais de empresas de publicidade que prestaram serviço à Casa, notas fiscais e a ficha cadastral de todos os funcionários desde 2006.

O delegado-chefe do Nurce, Ronald de Jesus, explicou que as investigações partiram do pedido da Promotoria do Patrimônio Público do Ministério Público do Paraná (MP-PR). Segundo ele, não está descartada a possibilidade de solicitar à Justiça a quebra do sigilo fiscal e tributário dos suspeitos, sejam eles parlamentares ou não. "A ideia é comprovar se realmente houve irregularidades. No caso de comprovado o enriquecimento ilícito, queremos saber quem eram os favorecidos, que serão indiciados", afirmou na nota da Polícia Civil.

O material afirma ainda que o delegado-chefe da Divisão de Investigações Criminais (DIC), Itiro Hashitani, o secretário de Segurança Pública, Reinaldo de Almeida Cesar, e o delegado-geral, Marcus Vinícius Michelotto, pediram que as denúncias sejam apuradas com total rigor.

Série Negócio Fechado

A série Negócio Fechado é fruto de um trabalho de investigação feito por repórteres da Gazeta do Povo e da RPC TV. Durante três meses, a equipe de jornalistas montou uma base de dados com informações contidas em mais de 10 mil páginas referentes à execução do contrato de publicidade da Câmara Municipal de Curitiba. A documentação consultada representa menos de 10% dos R$ 34 milhões gastos com propaganda pelo Legislativo. A reportagem analisou notas fiscais, recibos, contratos, certidões e cópias dos serviços prestados por empresas subcontratadas pelas agências Visão Publicidade e Oficina da Notícia, que venceram a licitação de publicidade da Casa.

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