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A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vai requerer ao Ministério Público Federal que investigue o arquivamento de pedido de abertura de processo disciplinar contra o ministro Luís Inácio Adams, da Advocacia-Geral da União (AGU). Uma comissão de sindicância que investigou servidores da AGU envolvidos em esquema de corrupção desmontado pela Operação Porto Seguro da Polícia Federal apontou indícios de irregularidades em atos assinados por Adams. O grupo sugeriu abertura de um processo contra o ministro, mas a corregedoria da AGU arquivou o pedido por considerar que não havia irregularidade.

A iniciativa de acionar o MPF é da comissão de advocacia pública da OAB e será formalizada hoje. A decisão já foi comunicada ao procurador-chefe do Ministério Público no Distrito Federal. "O Corregedor-Geral da Advocacia da União, considerando a subordinação ao AGU, a ausência de mandato e a possibilidade de exoneração a qualquer momento, não reúne as condições institucionais para análise de possíveis irregularidades praticadas pelo Advogado-Geral da União", afirmou Aldemario Araujo Castro, ex-corregedor-geral da AGU e conselheiro federal da OAB.

Adams nega que tenha atuado em favor do esquema de pareceres e diz que mandou investigar os fatos. "A averiguação do corregedor foi de que não há nenhuma infração que possa ser atribuída a mim. Entendeu também isso em relação a outras pessoas e entendeu que alguns casos são necessários extrair adicionais, abriu sindicâncias para avaliar fatos não suficientemente esclarecidos e na sequência decidiu abrir processo disciplinar", disse na última sexta-feira.

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