Documentos encontrados no apartamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Bernardo do Campo, há pouco mais de um mês, sugerem que a empreiteira Odebrecht pagou por uma porta de correr instalada no sítio em Atibaia usado pelo petista.
Uma nota fiscal emitida em 25 de fevereiro de 2011 pela loja Cartescos, situada em São Paulo, traz o nome do engenheiro da Odebrecht Paulo Henrique Moreira Kantovitz no campo de destinatário da entrega do produto, que custou R$ 6,1 mil.
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A guia de recebimento da porta de correr, que consta no fim da nota fiscal, é assinada pelo caseiro do sítio frequentado por Lula, Elcio Vieira, o Maradona.
O documento foi divulgado nesta quinta-feira pela “Folha de S. Paulo” e reforça a tese do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal de que a Odebrecht participou de reformas no sítio usado pelo ex-presidente. Outro funcionário da empresa, Frederico Barbosa, já havia admitido ao MPF a participação da empreiteira na obra.
Segundo o jornal, há indícios de que a empresa também tenha pagado por um aquecedor elétrico para piscina, que custou R$ 13 mil.
O documento consta de inquérito que investiga Lula, que atualmente está sob responsabilidade do Supremo Tribunal Federal (STF). À “Folha”, o Instituto Lula criticou o vazamento de documentos da investigação. A Odebrecht não quis se pronunciar.
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