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A bancada de oposição na Assembleia Legislativa promete entrar com um mandado de segurança na Justiça para obter mais detalhes a respeito do projeto "Tudo Aqui Paraná". Na tarde desta segunda-feira, a bancada do governo rejeitou dois requerimentos dos oposicionistas que pediam informações sobre o programa e um terceiro que convocava o secretário estadual do Planejamento, Cassio Taniguchi, para ir à Casa explicar o assunto. Na terça-feira, ele vai se reunir com os deputados, mas a portas fechadas, no gabinete da presidência.

Além da convocação de Taniguchi, a oposição, que alega falta de transparência ao longo de todo o processo, solicitava uma série de informações ao governo: formas de divulgação do edital de licitação, base de cálculo que embasou o valor total do contrato, cópias de documentos da concorrência e estimativa de gastos para a administração pública com o programa. "A precariedade [do edital] choca qualquer cidadão. Não se fala, por exemplo, quantos funcionários serão necessários no programa, quanto custará cada cargo", criticou o líder da oposição, Tadeu Veneri (PT). "Qualquer prefeito que fizesse isso, no dia seguinte, o Tribunal de Contas, o Ministério Público e a Polícia Federal estariam na porta da sua casa."

Em resposta, o líder do governo, Ademar Traiano (PSDB), argumentou que o mesmo programa tem ótimos resultados em vários estados do país. Segundo ele, em São Paulo, por exemplo, foram 3 milhões de atendimentos em dois anos e um índice de aprovação de 98%. "Estamos cansados de ouvir teorias conspiratórias, suspeitas infundadas e delírios ideológicos. Queremos apenas facilitar a vida da população", afirmou.

O tucano ressaltou ainda que, na reunião com Taniguchi, os deputados interessados terão liberdade para dirimir qualquer dúvida a respeito do programa. "Não irei a esse teatro. O secretário exerce um cargo público e não pode dizer ‘eu vou, mas não quero imprensa, não quero que me constranjam’", disse Veneri.

Traiano, porém, argumentou que, se Taniguchi falasse em plenário, a oposição é que "faria um teatro, tentando politizar o assunto".

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