Para Carlos Sampaio, denúncias são estarrecedoras| Foto: Renato Araújo/ABr

O livro do ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior ainda nem foi lançado e já começa a movimentar Brasília a partir de hoje. A edição de "Assassinato de Reputações - Um Crime de Estado", que deve chegar às livrarias nesta semana, promete colocar o dedo em feridas ainda abertas no PT, como o caso da morte do ex-prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel, a criação de dossiês e o mensalão, entre outros. O PSDB promete convidar o autor para dar mais detalhes sobre as denúncias no Congresso.

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"É importante aprofundar questão colocadas por Tuma Júnior no livro. Ele retirou do armário alguns esqueletos que ainda não foram totalmente retirados", disse o senador Alvaro Dias (PSDB-PR). Denúncias como a confecção de "falsos" ou "esquentados" dossiês contra adversários políticos do governo, conforme o parlamentar, são mais conhecidas, mas é preciso ouvir diretamente do policial que fez parte do governo informações sobre o mensalão e o episódio de Santo André.

Para o tucano, o ideal é que Tuminha, como é conhecido, preste depoimento oficial na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. "É preciso ver se ele tem documentos que possam dar credibilidade às denúncias. Ele é um policial experiente, não faria isso sem ter algum material (que comprove as acusações)", aifrmou Dias. "Ouvindo o Tuma oficialmente teremos subsídios para protocolar a denúncia na Procuradoria Geral da República (PGR) e instaurar inquéritos."

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Estarrecedor

Por meio de nota, o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), chamou a entrevista do ex-secretário de "esclarecedora e estarrecedora". Ele vai requerer à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara a realização de audiência pública com a presença de Tuma Júnior para esclarecer as denúncias. "(Tuma Júnior) confirmou tudo aquilo que sempre denunciamos: a fábrica de dossiês petista, o até hoje obscuro assassinato político do prefeito Celso Daniel e a existência de uma conta no exterior para onde foram enviados os recursos do mensalão, entre outras afirmações graves ", disse Sampaio.