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O senador Osmar Dias (PDT) evita até a expressão "pré-candidato". Prefere dizer, por ora, que apenas foi indicado pelo partido como potencial candidato. "Existe uma grande diferença entre alguém colocar o nome à disposição e se candidatar", argumenta. Segundo o pedetista, diversos fatores serão avaliados para definir a candidatura. "O primeiro deles é sentir a manifestação da população", destaca. Ele rejeita a idéia de mensurar a opinião pública através de consultas. "Pesquisa tem de todo o gosto e nesse momento agrada bem quem a encomenda", afirma. Para o senador, o melhor método ainda é o bom senso e o discernimento. "É isso que deve nortear a decisão de um político", aponta.

Osmar também defende uma rede de apoios que dê suporte à empreitada. "Um partido tem de ter apoio popular e constituir uma aliança que dê estrutura política e tempo de televisão", reforça. Para ele, sem esse respaldo, a proposição se torna apenas uma aventura. "E eu não tenho mais disposição para isso", aponta. O pedetista lembra que seu mandato no Senado vai até 2010 e que, portanto, precisa avaliar muito bem se irá disputar as eleições do ano que vem.

Ele diz que só será candidato se a população manifestar o desejo de mudar o modelo de governo posto. Acrescenta que não pretende propor um projeto inatingível para o PDT e que não lançará seu nome apenas para reforçar o nome na mídia e ganhar projeção. "Eu quero participar de um projeto político que seja importante para o estado. Se isso for possível, o meu nome está à disposição", salienta. Sendo assim, Osmar nem ousa em arriscar um palpite para dizer qual a probabilidade da candidatura se efetivar. Mesmo porque, o que chama de respeito aos eleitores, manda que ele analise inclusive a hipótese dos paranaenses desejarem que ele continue no Senado.

Para o senador, a campanha de 2006 será pautada pelo debate de projetos e propostas. A estratégia de desqualificar os adversários deve ser aposentada. Além disso, prevê que os gastos eleitorais serão parcos, mudando a forma de se fazer campanha. O senador pretende manter seu discurso de defesa aos municípios e ao agronegócio, mesmo sendo alvo de críticas dos opositores.

Apesar de defender a formação de uma rede de apoios, Osmar descarta qualquer possibilidade de implorar por alianças. "Aqueles que entendem que o nosso projeto é bom para o Paraná, que se aliem , mas sem exigências", avisa. Assim, o pedetista rejeita a tática de troca de favores políticos. Ele afirma que está conversando com líderes de vários partidos como PFL, PSB, PT, PSDB. "Não descartamos conversar com nenhum partido", diz. Até com o PMDB. A condição é, segundo Osmar, que o PDT não seja tratado como uma sigla pequena.

Além da frente suprapartidária, o pedetista espera repetir o retrospecto de apoio dos prefeitos, que garantiu a eleição para o Senado em 2002. "Vou continuar apoiando as prefeituras independentemente deles me apoiarem", diz. Ele sabe que alguns líderes municipais estão migrando para outros partidos, mas imagina que não perderá apoiadores. "Mas a política exige posições e os prefeitos precisam aprender a cobrar direitos sem que haja a necessidade de mudar de partido", finaliza.

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