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O senador Osmar Dias (PDT) afirmou ontem que só não será candidato a governador se não conseguir uma aliança mínima que garanta tempo de televisão e rádio para a campanha do partido. A candidatura não foi oficializada, mas o parlamentar ressaltou que está otimista e disposto a ir para uma candidatura "de sacrifício", por causa de seu estado de saúde – o senador se recupera de uma cirurgia vascular nas duas pernas. "Tenho e sempre tive disposição de ser candidato. Os deputados estaduais e federais, prefeitos e vereadores do meu partido manifestaram o desejo de me ver disputando o governo."

Essa foi a primeira vez que Osmar Dias falou publicamente sobre a candidatura desde que saiu de licença médica, há um mês. "Essa é uma novela baseada na responsabilidade. Por isso, só vou anunciar oficialmente quando tiver as alianças acertadas", afirmou. "O PDT só não disputará a administração estadual se o candidato não tiver disposição. E eu tenho disposição e só trabalho com a hipótese positiva, de que vamos conseguir."

O senador tem até o dia 30, sexta-feira que vem, para trabalhar na construção de uma aliança. De acordo com o senador, a aliança com alguns partidos, entre eles PP e PSB, seria fundamental para viabilização da candidatura.

O deputado federal Ricardo Barros (PP), que ontem estava no diretório do PDT, em Curitiba, disse que seu partido estará ao lado do senador em uma disputa eleitoral. Ontem mesmo o presidente do PP no estado, deputado federal Dilceu Sperafico, telefonou para o senador para manifestar apoio. Já o PSB só não apoiará Osmar Dias se fechar uma aliança nacional com o PT.

O senador disse ainda que as conversas que teve desde janeiro de 2005 com o PSDB não "foram em vão" e que espera o apoio informal dos tucanos. "Não sou de ficar telefonando para as pessoas. Para mim, acertei em uma conversa e a palavra vale", afirmou. "Há muito tenho conversado com os peessedebistas. Em 2002, apoiei o Beto Richa (PSDB) na disputa pela prefeitura de Curitiba e não pedi nada em troca. Hoje, gostaria do apoio do prefeito e vou procurá-lo", disse Osmar. "Aceitaria o apoio do PSDB mesmo sem poder usufruir do tempo de televisão do partido".

Osmar contou que tem conversado com Beto Richa e com o senador Alvaro Dias (PSDB). "Só não conversei com o presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão, que está tratando com o governador."

Segundo cálculos do senador, o PDT sozinho terá apenas 27 segundos de tempo de televisão, uma das maiores dificuldades encontradas para a campanha. "A decisão do diretório nacional do meu partido, de ter candidato à Presidência da República, complicou muito a situação, encurtando o tempo de televisão e rádio em 80%", reclama. O PDT do Paraná, afirma Osmar Dias, teria um terço do tempo que o governador Roberto Requião (PMDB) tem na televisão.

Quanto à posição do PMDB, o pedetista confirmou que foi convidado para ser o candidato para ser vice na chapa do governador. "Tenho ótima relação com o Requião e conversamos sempre, inclusive sobre política", admitiu.

Segundo o presidente do PDT no Paraná, Augustinho Zucchi, se o PMDB está cortejando vários partidos e alguns ainda não acertaram, é porque o governador não está "contemplando" a todos. "Tenho certeza de que o PSDB estará com a gente de alguma forma."

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