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Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar | Roberto Custódio/JL
Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar| Foto: Roberto Custódio/JL

Vagas na Câmara

38 vereadores é o número atual de vagas na Câmara Municipal de em Curitiba.

67 cadeiras é quanto a Câmara precisaria ter para atender às expectativas dos partidos.

76 por cento é o porcentual a mais de vagas que seria preciso para atender às legendas.

A Câmara Municipal de Curitiba teria que ter 76% mais vagas para abrigar a quantidade de vereadores que podem se eleger em 2008, segundo estimativas dos partidos políticos. Atualmente, são apenas 38 cadeiras. Mas se as previsões dos dirigentes partidários e pré-candidatos fossem confirmadas nas urnas, seria necessário ampliar o número de vagas para 67.

Como os pré-candidatos estão fazendo e refazendo contas sobre o número de votos necessários para a próxima eleição, das duas, uma: ou a matemática está falhando ou os presidentes dos partidos estão com um discurso otimista demais para não afugentar os concorrentes inscritos em suas chapas.

Na eleição de 2004, 552 candidatos disputaram as 38 cadeiras da Câmara de Curitiba. Prevendo uma disputa semelhante em 2008, os partidos se debruçam em cálculos e estratégias para tentar ocupar mais espaço no Legislativo curitibano. As legendas que vão ter candidato próprio a prefeito dependem de um bom desempenho da chapa majoritária para conseguir bancadas fortes.

O partido do prefeito Beto Richa, o PSDB, é o que tem a expectativa mais otimista. Atualmente, tem 11 vereadores e acredita que vai passar para 13. "Tivemos um inchaço no PSDB. Mas temos diversas lideranças de bairro na chapa e vamos à luta para manter o que temos e ainda buscar mais duas cadeiras", diz o presidente municipal do partido e presidente da Câmara de Vereadores, João Cláudio Derosso. Segundo ele, o partido tem 110 pré-candidatos a vereador, além dos que disputam a reeleição.

O PMDB tem 80 pré-candidatos e acha possível ganhar seis cadeiras, pegando carona na candidatura a prefeito do reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Carlos Moreira. O nome dele ainda não está oficializado, mas é a aposta do partido. Um número extremamente otimista, uma vez que, atualmente, o PMDB não conta com nenhum vereador em Curitiba. Mas o presidente municipal do partido do governador Roberto Requião, Doático Santos, diz que "a grande surpresa da eleição será a chapa peemedebista." A estratégia, segundo o dirigente, será "centrar" a campanha no voto de legenda e colar na imagem de Requião. Entre os pré-candidatos do PMDB, estão o ex-vereador Júlio Ando e os ex-deputados estaduais Mário Sérgio Bradock e Algaci Túlio. Parentes de governistas também estão na lista, como Moisés Pessuti, filho do vice-governador Orlando Pessuti; Rodrigo Curi, irmão do deputado estadual Alexandre Curi; Fernando Stephanes, filho do deputado estadual Reinhold Stephanes Júnior; e Rafael Xavier, sobrinho do ex-secretário de Saúde, Cláudio Xavier.

O PPS vai tentar eleger cinco vereadores e superar a façanha da eleição passada, quando elegeu quatro desconhecidos da grande maioria do eleitorado: Zé Maria, Tico Kusma, Sérgio Ribeiro e Serginho do Posto. Desses, só Zé Maria ficou no partido. "Perdemos vereadores porque todos queriam correr para a base de apoio do prefeito. Com a fidelidade partidária, estamos acreditando que as coisas vão acontecer de forma diferente", afirma o presidente municipal do PPS, Marcos Isfer.

O partido tem projeto de candidatura própria a prefeito e confia que o lançamento de chapa majoritária vai ajudar na eleição da bancada.

O PT ainda está montando sua chapa. O presidente municipal da sigla, Adenival Gomes, considera complicado fazer previsão de eleição porque depende da conjuntura do momento. "Se tivermos um bom desempenho com o candidato a prefeito, será possível eleger até oito vereadores." O partido não oficializou, mas é certo que Gleisi Hofmann será candidata à sucessão de Beto Richa.

O PTB, colado na candidatura a prefeito do deputado estadual Fábio Camargo, pretende eleger quatro vereadores. Entre eles, o primo do parlamentar, Maurício Camargo, e o vereador Sandoval.

Alianças

Os partidos que não vão lançar candidato a prefeito em 2008 articulam alianças com legendas que têm cabeça de chapa. A dobradinha PSDB/PSB deve se repetir na eleição de 2008. O presidente municipal do PSB e vice-prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, montou uma chapa com 79 pré-candidatos, dos quais 23 são mulheres. "Temos perfis diferentes e profissionais de várias áreas. É uma chapa bem estruturada, que vai fazer bonito elegendo entre cinco e seis vereadores. É uma conta bem pé no chão", afirma Ducci.

Entre os nomes da chapa do PSB estão Caco Almeida, sobrinho do empresário Cecílio Rêgo Almeida e primo do deputado federal Marcelo Almeida (PMDB); Luís Pimentel, filho do pastor da Igreja Assembléia de Deus, José Pimentel; pastor José Soares, da Igreja Batista; e Osni Nunes Soares, que era primeiro suplente do PPS.

O PDT, partido comandado pelo senador Osmar Dias, quer garantir oito das 38 cadeiras da Câmara. Com 12 mil filiados em Curitiba, o partido ganhou 957 filiados nesta última temporada de filiação e vai lançar uma chapa com 78 nomes para vereador na capital.

Para o presidente municipal do PDT, vereador Jorge Bernardi, o crescimento do partido foi motivado pela postura ética da legenda e pela força mostrada por Osmar Dias em 2006, quando perdeu a eleição para Requião por apenas 10.479 votos. O senador é candidato natural a governador em 2010.

O partido Democratas está com 100 pré-candidatos, entre eles, o ex-vereador Pirkiel; os ex-secretários municipais Hitoshi Taminato e Geraldo Yamada; Sérgio Henrichs, irmão do ex-presidente da Associação dos Municípios do Paraná, Joarez Lima Henrichs; Denilson Pires, presidente do Sindimoc; Leciano Bortoleto, sobrinho do ex-vereador Carlos Bortoleto; e o filho do deputado federal Alceni Guerra, Guilherme Guerra.

Uma curiosidade no DEM são dois concorrentes na mesma família: o ex-vereador Geraldo Bobato e seu filho Carlos. "A grande vantagem da nossa chapa é que temos uma média de 30 candidatos que fará de três a quatro mil votos. Isso vai garantir a eleição de seis vereadores, porque a média eleitoral vai pesar", analisa o deputado estadual Osmar Bertoldi, que preside o DEM na capital.

O PP tem previsão de eleger de quatro a cinco vereadores. A chapa, com 54 nomes, tem a ex-deputada estadual Arlete Caramês; Juliano Borghetti (PP), administrador da regional do Pinheirinho e irmão da deputada estadual Cida Borghetti (PP); o humorista Miau Carraro; a radialista Lais Man; o empresário Guilherme Caron, filho do ex-secretário de Obras do governo Requião, Luiz Caron; o presidente do Clube Três Marias, Ali Tarbini; e o repórter esportivo Foguetinho. "Não é uma chapa de estrelas, mas está bem competitiva", avalia o deputado estadual Ney Leprevost (PP).

O PV, PCdoB, PRTB, PRB e PR pretendem eleger, juntos, seis vereadores.

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