Primeira reunião ministerial ocorreu na manhã desta sexta-feira (13).| Foto: Andressa Anholete/AFP

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que a ausência de mulheres na composição do Ministério do presidente em exercício Michel Temer se deve por uma responsabilidade dos partidos.

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“A composição de ministério foi feita a partir de sugestão de partidos”, disse. “Em várias funções nós tentamos buscar mulheres, mas não foi possível”.

Brasil é o único país da América do Sul sem mulheres no alto escalão do governo

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A medida foi bastante criticada por interlocutores da presidente afastada Dilma Rousseff. Ela mesma destacou que o impeachment contra ela era preconceito de gênero. “Não houve até agora a possibilidade de indicar mulheres”, reiterou Padilha.

O ministro da Casa Civil disse, que em alguns casos, apesar de não terem sido nomeadas para o comando de ministérios, haverá mulheres em cargos importantes, como chefia de gabinete.

Segundo ele, o núcleo político do governo e o próprio Temer continuarão buscando indicações para trazer mais mulheres para o governo. “Vamos incrementar a solicitação de que os partidos tragam mulheres para postos similares a status de ministério”, disse.

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Base parlamentar

Indagado como o governo, classificado como transitório pelo presidente em exercício Michel Temer, iria conseguir base parlamentar para aprovar projetos impopulares no Congresso, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse ter “consciência que, se o poder Executivo pensar em mudar sozinho, vamos comprometer o amanhã”.

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Padilha lembrou que o governo foi imaginado para atender aos pedidos da sociedade, que foi às ruas e cobrou um Estado “sem corrupção e eficiente”.

Por isso, para ele, “a dificuldade hoje é de consciência coletiva, e a solução será coletiva”, disse numa referência ao apoio do Congresso para a aprovação das medidas de ajuste.