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Os pais do menino João Hélio, de seis anos, morto após ficar preso pelo cinto de segurança do lado de fora de um carro roubado e ser arrastado por sete quilômetr o, ficarão frente a frente com um dos acusados de participação no assalto que levou a morte de seu filho, o menor E., de 16 anos. De acordo com a coluna do jornalista Ancelmo Gois, publicada nesta sexta-feira no jornal O Globo , os dois e o menor serão convocados para depor ao juiz Guaraci de Campos Vianna, da 2ª Vara da Infância e da Juventude. A próxima audiência do caso será no próximo dia 6 de março, às 14h30m, mas ainda não há confirmação se eles serão convocados para este dia.

Em seu primeiro depoimento, o menor de 16 anos envolvido na morte de João Hélio confessou ter participado tanto do roubo do carro da mãe do garoto, Rosa Cristina, como de outro assalto, ocorrido dez dias antes. Ele contou ter roubado um carro, em frente ao shopping Tem Tudo, de Madureira. Ao juiz, o menor afirmou que rendeu a família com uma arma de brinquedo.

O menor também contou que duas pessoas entraram no carro roubado: ele, que teria sentado no banco do carona, e Diego, que teria assumido a direção. No entanto, segundo o delegado da 30ª DP (Marechal Hermes), Hércules do Nascimento, uma testemunha, que passava em sentido contrário durante o crime, confirmou que Carlos Eduardo dirigia o carro da mãe de João Hélio e que Diego ocupava o banco do carona. O laudo das impressões digitais colhidas no carro está pronto, mas Nascimento o mantém em sigilo.

O menor ainda tentou inocentar o irmão Carlos Eduardo , que foi acusado pelos outros três suspeitos de ser o cabeça do crime . Uma promotora pedirá a prisão e regressão de pena de Carlos Eduardo , que deveria estar preso no dia do crime.

Nesta quinta-feira, a comoção despertada pela brutalidade da morte de João Hélio conseguiu unir as zonas Norte e Sul da cidade . Durante a reconstituição, feita pela polícia , do trajeto do carro roubado da mãe do menino, moradores deram depoimentos emocionados e se ofereceram para revelar detalhes do crime.

Na Zona Sul, alunos do Santo Agostinho, colégio tradicional do Leblon, fizeram uma passeata de solidariedade à família de João e de repúdio à violência. E, no Grajaú, crianças de 2 a 6 anos da Creche-Escola Passos da Infância homenagearam o menino e pediram paz. A quarta-feira já havia sido marcada por homenagens ao menino João Hélio e protestos contra a violência no estado.

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