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A Polícia Federal intimou pela segunda vez o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci para depor no inquérito que apura a quebra ilegal do sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa. Palocci, que deveria ter comparecido nesta sexta-feira na PF, deve prestar depoimento na próxima quarta-feira.

O advogado do ex-ministro, José Roberto Leal, apresentou à PF o atestado médico para justificar o adiamento do depoimento, que estava previsto para esta sexta-feira. O advogado disse à polícia que Palocci estaria estressado e não teria condições de comparecer. Palocci foi intimado pela primeira vez na quarta-feira de manhã.

Nesta sexta-feira, o delegado Rodrigo Gomes interrogou, na condição de testemunha, o chefe da assessoria de comunicação da Caixa Econômica Federal, Gabriel Nogueira, que jantava com o então presidente da Caixa Jorge Mattoso no dia 16, quando Mattoso recebeu o extrato da conta do caseiro das mãos de um outro assessor.

Nogueira compareceu espontaneamente à PF, respondeu a todas as perguntas. O delegado disse que o depoimento foi transparente e convincente nas respostas.

Na segunda-feira, Mattoso contou ter entregue ao ex-ministro o extrato bancário do caseiro. A PF quer saber de quem partiu a ordem para a quebra de sigilo de Francenildo e como as informações chegaram à imprensa.

Há duas semanas, Francenildo acusou o então ministro de freqüentar a casa supostamente alugada por Vladimir Poleto no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, para organização de tráfico de influências no governo. Poleto trabalhou na prefeitura de Ribeirão Preto durante a gestão de Palocci.

Em nota à imprensa e em depoimento na CPI dos Bingos, em janeiro, o ex-ministro negou ter freqüentado a residência do Lago Sul. Na carta em que pediu demissão, Palocci também refutou qualquer participação "nem de mando, nem operacional, no que se refere à quebra do sigilo bancário de quem quer que seja".

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