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Para o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), cabe ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas verificar se há uso indevido do dinheiro público na viagem presidencial para visitar obras da transposição do Rio São Francisco, iniciada na quarta-feira. O próprio presidente Lula chegou a chamar o evento em Buritizeiro, no norte de Minas, de "comício". "A crítica que eu faço não é a andança do presidente, se há mau uso do dinheiro público, que os órgãos a quem cabe fazer fiscalização, que o façam", declarou ontem o governador tucano. A crítica que faz Aécio Neves diz respeito ao valor - segundo ele, pouco expressivo - que vem sendo investido nas obras de revitalização do rio.

"Apenas o governo do Estado, na bacia do Rio das Velhas, está investindo R$ 1,4 bilhão e pode investir até um pouco mais", exemplificou o governador. "Esse é o total anunciado, não investido - olha a diferença -, anunciado pelo governo federal para todo o País.

Um dia depois de Lula ter declarado que tanto a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), quanto o deputado federal Ciro Gomes (PSB) têm condições de sair numa candidatura solo, Aécio Neves comentou que essa possibilidade quebraria a estratégia inicial do presidente, que era de criar um clima de polarização na eleição. Mas frisou que a possibilidade não preocupa seu partido.

"No campo da oposição, não há motivos para açodamento até porque o que é fundamental é que o governador José Serra e eu, os nomes colocados pela oposição, temos um compromisso que supera todos os outros, o de estarmos juntos", afirmou Aécio.

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