Fundador do PT, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, diz que o partido não deve cultivar "saudosismo" do ex-presidente Lula, mas, sim, canalizar as energias para apoiar o governo de Dilma Rousseff. Ele admite que a administração de Dilma enfrenta dificuldades, mas crê que, aos poucos, os rumores pela volta de Lula perderão força. "Não é inteligente da nossa parte fazer essa política de saudosismo do Lula", afirma em Carvalho, que foi chefe de gabinete do ex-presidente por oito anos.

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Em entrevista ao Estado, ele assegurou que não existem diferenças entre a presidente Dilma e Lula, como muitos avaliam. "Posso assegurar que não existem divergências. E tem mais: dizer que Dilma não gosta de política é completamente equivocado. Nossos deputados revelaram muita mágoa por não ser atendidos, mas vamos ver como resolver isso. A presidente Dilma sabe que o PT é uma bancada com a qual pode contar."

Perguntado sobre a autonomia do Banco Central (BC), colocada em xeque pelo mercado após a redução da taxa de 0,50 ponto porcentual, para 12% ao ano, respondeu: "A quem interessa essas críticas? Quando o BC elevou os juros, nunca se criticou a autonomia do BC. Agora, quando o Comitê de Política Monetária resolve baixar, vira essa grita geral? As pessoas deveriam aplaudir", disse.

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A respeito da moção de desagravo que um grupo no PT fará ao ex-ministro José Dirceu, chamado pela revista Veja de chefe de uma conspiração contra o governo Dilma, Carvalho disse que "Dirceu tem extraordinária audiência no PT e a reportagem (de Veja) foi feita com quebra de padrões jornalísticos e violação da intimidade. A Veja passou do ponto. Estranho seria se não déssemos razão a ele." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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