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O líder do bloco governista (PT, PCdoB, PSB, PDT, PRB) no Senado Humberto Costa (PT-PE), afirmou nesta segunda-feira (29) que a ampliação da meta de superávit primário, anunciada pelo governo, reflete a preocupação em "não perder o roteiro do equilíbrio fiscal". Em contrapartida, o líder tucano, senador Álvaro Dias (PSDB-PR), chamou a medida de "factoide" para cooptar a base aliada a não votar a regulamentação da Emenda 29, que trata dos gastos com o setor de saúde.

Costa observou que apesar da situação de solidez econômica do Brasil, o governo decidiu se prevenir diante dos "sinais de crise muito forte", como a que atingiu o País em 2008. Ele acrescentou que além de garantir o equilíbrio fiscal, a medida cria condições para reduzir a taxa de juros em um longo prazo.

Dias criticou a medida, afirmando que o governo "não anunciou nada de novo". Para o tucano, a medida é apenas uma consequência da alta taxa de arrecadação de impostos, que permitiu que quase 80% da meta de superávit fosse alcançada até julho. O tucano enfatizou que a saúde precisa de mais receita e defendeu a votação da regulamentação da Emenda 29 na Câmara. Ele sugeriu que o governo corte gastos com despesas correntes que sustentam os 39 ministérios e com corrupção, lembrando as recentes denúncias de superfaturamento de obras.

A meta de superávit do governo central (formado por Tesouro, Previdência e Banco Central) foi ampliada de R$ 81 bilhões para R$ 91 bilhões, conforme anúncio feito hoje pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Durante reunião do Conselho Político no Palácio do Planalto, Mantega disse às lideranças da base aliada que a medida busca evitar uma desaceleração da economia e, paralelamente, ajudará a reduzir no médio e longo prazos a taxa básica de juros, a Selic.

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