Quando souberam que a divulgação dos dados das notas fiscais não era retroativa, as organizações não-governamentais (ONGs) de combate à corrupção Transparência Brasil e Voto Consciente apenas lamentaram. Mas, quando ficou claro que o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) das empresas beneficiárias seria omitido da prestação de contas, os líderes das entidades se revoltaram. Usaram o termo "fogos de artifício" ao comentar o anúncio da Câmara.
Cláudio Abramo, diretor-executivo da Transparência Brasil, enviou imediatamente uma mensagem ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), para expressar descontentamento com a medida, considerada inócua. Humberto Dantas, cientista político e conselheiro do Voto Consciente, afirmou que a divulgação dos dados "perdeu todo o sentido"
Para eles, os números de CNPJ são indispensáveis para checar os gastos dos parlamentares. Sem os dados, não será possível cruzar informações que permitam identificar mau uso da verba indenizatória.
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