Palocci foi preso em São Paulo nesta segunda-feira (26)| Foto: HEULER ANDREY/AFP

Após suspeitar que Guido Mantega era o “italiano” citado em planilha de propinas do Grupo Odebrecht, a Polícia Federal (PF) associa o nome do ex-ministro ao codinome “Pós Itália”, acompanhado a uma cifra de R$ 50 milhões. Em relatório anexado ontem às investigações contra o ex-ministro Antonio Palocci, a PF afirma que há indícios de que Mantega substituiu Palocci na ordenação de pagamentos ilícitos a Marcelo Odebrecht.

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Um dos exemplos citados é relacionado à BMX Empreendimentos, usada pela Odebrecht Empreendimentos Imobiliários para fazer projetos para a prefeitura de São Paulo. Anotações apreendidas na Odebrecht relacionam R$ 3 milhões a Mantega e aos petistas Cândido Vacarezza e Carlos Zarattini, atrelados a “Evento Out”, que seriam eleições. Outros R$ 2 milhões a “Evento 2014”, sob orientação de Mantega.

Palocci foi quem coordenou o maior volume de propina para o PT, diz força-tarefa

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“Guido Mantega (GM) , por sua vez, ao que parece, definiria a destinação de R$ 1 milhão, relativo ao “Evento Out”, e de R$ 21 milhões, relacionado ao “Evento 2014”, diz o relatório.

Na mesma anotação onde Mantega é associado a “Pós Itália” consta ainda R$ 23 milhões para “Amigo”, codinome que os investigadores dizem não ter ainda identificado. Antes de substituir Palocci, segundo a PF, Mantega era usado pelo empresário Marcelo Odebrecht para obter informações sobre as ações de Palocci.

Na última quinta-feira (22), Guido Mantega foi alvo de um mandato de prisão temporária na 34.ª Fase da Operação Lava Jato. Ele foi preso quando acompanhava a mulher numa cirurgia e acabou tendo a prisão revogada pelo juiz Sergio Moro seis horas depois.

Mantega foi preso depois que o empresário Eike Batista procurou o Ministério Público Federal (MPF) para dizer que pagou US$ 2,3 milhões ao publicitário João Santana, marqueteiro do PT, a pedido de Mantega.

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