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Definidas regras para votação de processo contra Renan

A secretária-geral da Mesa Diretora do Senado, Claudia Lyra, divulgou nesta terça-feira (11) as regras definitivas para a votação do processo de cassação contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). A sessão, que será secreta, começará às 11h desta quarta-feira (12). Como em qualquer outra atividade no plenário, o público terá acesso, mas será convidado a deixar o local pelo senador Tião Viana (PT-AC), que, como vice-presidente do Senado, estará no comando da sessão. Estarão presentes, além dos 81 senadores, dois servidores do Senado: Lyra e o secretário adjunto, José Roberto Leite de Matos. Leia matéria completa

Às vésperas da votação do caso Renan Calheiros (PMDB-AL), senadores aliados e oposicionistas passaram o dia fazendo contas e traçando táticas para prever quem sairá vencedor na sessão secreta que decidirá se o peemedebista deve ou não ser expulso do jogo político.

O futuro do presidente do Congresso dividiu o Senado ao longo desta terça-feira e jogou dúvidas sobre o placar final. Não houve partido que não recorresse a mapas e planilhas para sondar a decisão.

Setores da oposição chegaram ao apertado placar de 35 votos a favor, 35 contra, e 11 votos indefinidos, exatamente o tamanho de um time de futebol.

Do lado de Renan, as estimativas eram bem mais generosas. O senador Almeida Lima (PMDB-SE), seu aliado de primeira hora, contabilizava apenas 28 parlamentares pela cassação e contestava a estatística de adversários. Outros apoiadores apostavam nas ausências e abstenções para conquistar a vitória.

Trancado em seu gabinete a maior parte do dia, Renan Calheiros disparava telefonemas para pedir apoio, enquanto líderes partidários faziam sondagens e circulavam pelos corredores do Senado levando nos bolsos dos paletós pequenos pedaços de papel rabiscado. Uns faziam as contas por Estado. Outros, por partido.

"Clima de Fla-Flu. Um clássico onde tudo pode acontecer", resumiu o senador Renato Casagrande (PSB-ES), um dos relatores do pedido de cassação.

Com tantos chutes a esmo, a véspera da tão esperada decisão virou um festival de palpites.

Parlamentares avaliam que os votos do PT e do Democratas podem definir o resultado, para um lado ou para outro. Poucos falam em um desfecho por grande margem de diferença.

"Acho que a agonia se encerra amanhã. Nós sabemos o que a torcida quer", disse o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), que prevê sete votos de seu partido contra Renan, incluindo o dele.

O DEM, a despeito das dúvidas sobre o real comportamento de alguns de seus correligionários, recomendou apoio à perda de mandato. O PSDB foi na mesma linha.

A sessão e o voto serão secretos. As traições, aguardadas em ambos os lados.

São necessários ao menos 41 votos para que Renan perca seu mandato. Se for cassado, só poderá voltar a disputar uma eleição a partir de 2020.

Caso consiga escapar, ainda terá de enfrentar outros três processos por quebra de decoro.

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