Temer: defesa do ajuste fiscal.| Foto: Antonio Cotrim/EFE

O vice-presidente Michel Temer (PMDB) disse nesta terça-feira (21) que o aumento dos recursos destinados ao fundo partidário não deve prejudicar o ajuste fiscal defendido pelo governo federal. Do projeto original à versão sancionada, o valor saltou de R$ 289,5 milhões a R$ 867,5 milhões.

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“Prejudicar o ajuste fiscal não prejudica, em primeiro lugar”, disse, em visita a Lisboa. Apesar de ter sido um senador peemedebista, Romero Jucá, relator do Orçamento no Congresso, quem triplicou a verba destinada ao fundo, o partido pediu que Dilma vetasse o aumento.

“O PMDB teve essa preocupação, tendo em vista o ajuste fiscal. Mas as importâncias, penso eu, não são tão significativas, mas são relevantes para a atuação partidária”, defendeu Temer.

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O vice-presidente defendeu o novo valor, argumentando que uma parte ainda pode ser retida.

“Creio que se chegou a um meio termo razoável, até porque pode haver um contingenciamento ainda neste ano. Ou seja, uma parte dessa verba que foi acrescida poderá vir a ser contingenciada em face do ajuste econômico”, afirmou o vice-presidente.

Ministérios

Temer também comentou a votação da PEC que reduz para 20 o número de ministérios do governo federal, que está prevista para esta quarta-feira (22) na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. Para ele, a polêmica envolvendo o projeto de autoria do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é precoce, pois a conclusão da tramitação pode ficar só para o próximo governo.

“Ainda se vota a admissibilidade. Eu acho estranho que, muitas vezes, quando se está votando a admissibilidade, já se dá como uma coisa completada”, disse Temer, citando que, mesmo se a admissibilidade for aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ainda será necessário instalar a comissão especial que analisará a matéria, aprovar o projeto em dois turnos pelos deputados e repetir o mesmo percurso no Senado. “Ou seja, isso está começando. Não tem conclusão. Quem sabe no próximo governo.”

Temer chegou no domingo (19) à noite a Lisboa para participar do Fórum Empresarial Brasil-Portugal. A visita resultou na assinatura de acordos nas áreas de comércio exterior, portos e saúde. De Lisboa, Temer partiria na noite desta terça (21) para Madri.

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