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O senador Osmar Dias (PDT) desautorizou nesta manhã o presidente do PSDB do Paraná, Valdir Rossoni, que anunciou a adesão do pedetista à candidatura do tucano Beto Richa ao governo estadual. Segundo o deputado Rossoni, Dias tentaria a reeleição ao Senado, na chapa do ex-prefeito de Curitiba.

"Ele (Rossoni) foi um imprudente, um irresponsável. Não preciso de ventríloquo para falar por mim. Quando tiver a definição, eu mesmo vou anunciar minha decisão", afirmou Dias, por telefone. O paranaense adiantou que anuncia até amanhã sua decisão, já que a Convenção Estadual do PSDB para lançar a candidatura de Richa está agendada para sábado.

O anúncio feito ontem por Rossoni causou alvoroço, porque a definição do cenário local depende da palavra de Dias. A decisão do senador também impacta na corrida presidencial: ele é o nome preferido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para candidatar-se ao governo com o apoio do PT e garantir um palanque forte para Dilma Rousseff no Paraná.

O PMDB ofereceu a Lula o palanque do governador Orlando Pessuti, que tentará a reeleição. Mas Lula acha que Pessuti - sucessor de Roberto Requião (PMDB), que concorrerá ao Senado - não assegura um palanque robusto a Dilma, especialmente diante da candidatura de Richa, que deixou a Prefeitura de Curitiba com altos índices de aprovação.

O impasse em torno da candidatura ao governo, em aliança com o PT, prolonga-se há semanas. Dias havia feito duas reivindicações que o PT considerou inviáveis: a primeira, de que a aliança abrangesse o PMDB. Mas, para isso, Pessuti teria de desistir da reeleição. Lula chegou a pedir que desistisse e apoiasse Dias, mas o peemedebista fincou pé na candidatura.

O segundo pleito era de que a presidente do PT paranaense (e mulher do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo), Gleisi Hoffmann, fosse candidata a vice em sua chapa. Mas Gleisi lidera a corrida ao Senado (ao lado de Requião) e não abre mão da candidatura para ser vice de Dias.

A definição do cenário paranaense é importante porque é o único Estado do Sul em que o governador declarou apoio a Dilma. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, os governos são comandados pelo DEM e pelo PSDB. Além disso, é na Região Sul que se concentram os maiores índices de rejeição ao PT.

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