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Curitiba – Justamente por causa de um tiro, o pedreiro Adriano José dos Santos Nascimento, 22 anos, foi impedido ontem de optar pela permanência ou não da comercialização de armas de fogo no país. À 1h15 de domingo, após trabalhar no sábado, visitar a mãe no começo da noite e se encontrar com amigos para comer um espetinho num bar, o jovem foi assassinado com um tiro no peito no Bairro Joaquina II, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba. O provável motivo: uma simples desavença de cinco meses atrás durante um jogo de sinuca no bar.

Violência

O crime – cometido por um motoboy com passagem pela polícia por furto, cujo nome é desconhecido, mas de apelido Zé Rolha – é apenas um dos oito assassinatos que no fim de semana do referendo engrossaram a lista de homicídios causados por armas de fogo em Curitiba e região. Os oito assassinatos – registrados da noite de sexta-feira até a manhã de domingo –, no entanto, ficaram abaixo da média comum de 10 a 12 homícidios desse gênero registrados nos fins de semana.

A queda na média, segundo policiais, ocorreu por causa da proibição da venda de bebidas alcóolicas no domingo. Em grande parte, também, pela falta de dinheiro da população, o que é normal nos fins dos meses. A proibição de bebidas alcóolicas foi tomada mediante a resolução número 241/05 assinada pelo secretário de Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari. Entretanto, circulando ontem pela cidade, não era difícil encontrar pessoas consumindo álcool.

Ao contrário do que geralmente ocorre nos embates entre políticos nas eleições, ontem nenhum crime eleitoral foi registrado no estado. Dessa forma, não houve nenhuma detenção, nem em decorrência da usual boca-de-urna – crime eleitoral mais conhecido. Em Curitiba, a PM registrou apenas um caso de desacato a uma funcionária do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR), o qual foi resolvido de imediato, sem necessidade de deter o eleitor.

Policiamento

Para garantir a tranqüilidade no referendo, a Polícia Militar colocou nas ruas um efetivo de 2 mil policiais nas proximidades das 5.757 seções eleitorais dos 399 municípios do o estado. Dessas seções, 392 são em Curitiba, totalizando 6,8% das urnas paranaenses. Na noite de sábado para domingo, os policiais fizeram rondas próximas às seções eleitorais.

Em entrevista coletiva após o fim do referendo, às 17 horas, o vice-presidente do TRE-PR, Clotário Portugal Neto, confirmou o bom andamento da votação. "O referendo foi muito bom. Tudo transcorreu normalmente", comentou o vice-presidente do TRE-PR.

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