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O ex-deputado federal Pedro Henry começou a trabalhar em um segundo emprego, no Instituto Médico Legal (IML) de Cuiabá, enquanto cumpre pena no regime semiaberto por participação no esquema do mensalão. Primeiro condenado do mensalão autorizado a trabalhar fora da prisão, Henry já trabalhava desde o início do mês como diretor administrativo do Hospital Santa Rosa, o maior da rede privada em Cuiabá, com um salário de R$ 7.500.

Na segunda-feira, ele começou a trabalhar também no IML, de segunda a sexta-feira, das 13h às 18h, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso. Henry é servidor público desde 1987, com cargo de médico legista, e estava afastado para exercer mandato de deputado federal.

Sua defesa havia pedido autorização para fazer plantões aos domingos, das 7h até as 7h de segunda-feira, sem intervalo para retorno à prisão, mas o pedido foi negado.A defesa também teve negado um pedido para o ex-deputado estudar em uma universidade privada, no período noturno das 19h às 22h30.

Os pedidos foram negados pelo juiz Geraldo Fidelis Neto, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá. De acordo com a decisão, o detento só é autorizado a deixar a prisão para trabalhar no período das 6h às 19h em dias úteis e das 6h às 14h aos sábados.

A decisão não impede, contudo, que Henry tenha dois empregos diferentes nos horários em que está autorizado a deixar o presídio."Não tendo incompatibilidade de horários, não posso obstar ele a trabalhar no segundo emprego. Mesmo porque os trabalhos são compatíveis", disse o magistrado.

Henry cumpre pena de sete anos e dois meses em regime semiaberto, em Cuiabá, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) entenderam que ele participou das negociações que levaram ao repasse de dinheiro do esquema para políticos ligados ao PP.

Tornozeleira

Uma das regras para o preso trabalhar fora da prisão é usar uma tornozeleira eletrônica, o que permite à Justiça monitorar, em tempo real, a localização exata do detento.

O Estado de Mato Grosso, contudo, ainda não tem os acessórios. De acordo a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos, uma licitação está em curso para a compra de 5.000 tornozeleiras, que devem começar a ser usadas em até 15 dias.

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