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No Interior de Alagoas, os peixes estão desaparecendo do leito do Rio São Francisco. A paisagem mudou depois da cheia do começo do ano, quando o nível do rio subiu mais de seis metros.

A região do Baixo São Francisco, entre Alagoas e Sergipe, é uma das que mais sofrem com a formação de bancos de areia. Na cidade alagoana de Pão de Açúcar, a faixa de terra já ocupa metade do leito do rio.

Outro efeito do assoreamento é o aumento do tamanho de algumas ilhas já existentes. A areia carregada pelo rio se acumula e, em pouco tempo, a área fica bem maior. Uma ilha, por exemplo, cresceu pelo menos 40 metros só na última cheia. PreocupaçãoO rio de 2,7 mil quilômetros de extensão está mais raso. A profundidade média é de um metro, menos da metade do que era há duas décadas. Navegar pelo São Francisco é um desafio cada vez maior, até mesmo para quem passou a vida nessas águas. "A gente tem que procurar o leito do rio. Se não procurar o leito, desmantela a lancha e encalha com facilidade", conta o barqueiro Afonso Vieira.

Quem vive da pesca também começa a se preocupar. "Quanto mais seco o rio, menos peixe tem", diz o pescador Valdemir da Silva. Educação ambiental

A retirada da vegetação das margens ao longo do São Francisco e dos afluentes é apontada pelos ambientalistas como a principal causa do assoreamento. A terra fica descoberta e, quando chove, é arrastada para o leito do rio. "Talvez em um processo de educação ambiental, a gente possa atingir o agricultor, esclarecendo sobre o tipo de cultura que ele pode praticar em determinadas áreas em função do tipo de terreno e da declividade", diz o ambientalista Jackson Borges.

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