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Desistência de Pessuti tenta evitar que Roberto Requião consiga obter apoio do partido para se candidatar ao governo do Paraná | Rodrigo Morosini/Divulgação
Desistência de Pessuti tenta evitar que Roberto Requião consiga obter apoio do partido para se candidatar ao governo do Paraná| Foto: Rodrigo Morosini/Divulgação

O pré-candidato ao governo do estado Orlando Pessuti (PMDB) anunciou nesta terça-feira (17) que desistiu de disputar as eleições ao governo do Paraná e que irá apoiar a reeleição de Beto Richa (PSDB). Em coletiva concedida na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), o político diz que estuda a possibilidade de se lançar em uma candidatura "avulsa" (sem apoiar Richa) ao senado pelo Paraná ou, então, ser o candidato à vice na chapa que busca a reeleição do atual governador.

"Cheguei à conclusão que não reúno o suficiente apoio de delegados para vencer a convenção [do partido] e entendo que devo atender ao apelo dos deputados estaduais", disse Pessuti. A convenção interna do PMDB, que vai escolher pela candidatura própria ou pelo apoio ao atual governador, ocorre nesta sexta-feira (20). O ex-governador não descartou a possibilidade de apoio à pré-candidata do PT, Gleisi Hoffmann, mas destacou que não houve nenhum pedido formal nesse sentido por parte do partido da ex-ministra da Casa Civil.

Pessuti destacou que a decisão de desistir da pré-candidatura faz parte de uma estratégia para tentar evitar que o senador Roberto Requião (PMDB) consiga obter apoio do partido para se candidatar ao governo do Paraná. Segundo os cálculos dele e dos deputados estaduais, que também estiveram na coletiva, os parlamentares peemedebistas da Alep possuem de 40% a 45% dos votos dos delegados do partido. Pessuti teria de 20% a 25%. Somados, esses dois percentuais derrubariam os planos de Requião de se lançar ao governo, que teria em torno de 40% de apoio dos membros do PMDB.

Durante a coletiva, Pessuti alfinetou Requião e disse que os planos do senador de se lançar candidato ao governo fazem parte de um "projeto pessoal". Pessuti ressaltou, porém, que o seu apoio a Richa não se trata de um "troco" a Requião que, em 2009, não apoiou sua candidatura ao governo. "Não é questão de ‘dar troco’, só estou fazendo o mesmo que ele fez comigo. Se ele entendeu que eu não merecia o apoio dele, eu também entendo que ele não merece meu apoio nesse momento", disse.

Apenas na sexta-feira Pessuti deve anunciar oficialmente a que candidatura ele vai tentar ser escolhido pela convenção. Um dos fatores que levam a isso é a disputa interna para saber quem vai tentar se lançar a vice com Richa. Além do ex-governador, também almejam o candidatura a vice na chapa o deputado estadual Caito Quintana, que tem o apoio dos demais peemedebistas da Alep, e Osmar Serraglio, presidente do PMDB e deputado federal.

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