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| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

No pedido de prisão preventiva apresentado nesta quinta (3) contra o publicitário João Santana, a Polícia Federal acusa o marqueteiro das campanhas do PT de tentar eliminar provas no dia que a Operação Acarajé foi deflagrada.

Segundo a PF, ainda na República Dominicana, João Santana excluiu sua conta no Dropbox, um serviço de armazenamento e compartilhamento de arquivos em nuvem enquanto a polícia ainda estava cumprindo os mandados de prisão e de busca e apreensão.

A exclusão da conta usada por Santana no Dropbox foi descoberta graças à quebra do sigilo dos e-mails do marqueteiro e da mulher, também autorizadas pelo juiz Sergio Moro.

Alguns dados da quebra estão em relatório que embasa o pedido de conversão da prisão temporária (cujo prazo termina hoje) em preventiva de Santana e da mulher, Mônica Moura.

“Causa demasiada estranheza a esta Equipe de Análise que João Santana tenha deletado exatamente no dia do conhecimento da decretação de sua prisão no bojo desta Operação Lava Jato, não se imagina outro motivo, a não ser a tentativa de obstruir o acesso de dados/provas que comprovem as atividades ilícitas ora investigadas”, diz trecho do documento.

No mesmo relatório, a PF também anexou cópias de e-mails trocados entre Mônica e uma agente de viagens no Brasil.

O assunto é tratado na sexta-feira que antecedeu a operação, às 23h12, tratando da emissão de um bilhete para o criminalista que defende o casal, Fábio Tofic Simantob, para a República Dominicana.

Os peritos da PF especulam sobre a viagem do criminalista para encontrar os clientes, na véspera da operação. Isso, de acordo com os analistas, levanta “a hipótese de acesso à informações sigilosas e privilegiadas pelos investigados no que tange à deflagração de mais uma fase desta operação policial”.

No final do relatório de análise, os peritos da PF reafirmam que João Santana e a mulher não entregaram computadores pessoais e celulares.

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